O evento, tradicional na cidade sul-mato-grossense, chega em sua 47ª edição e está sendo realizado no Parque da Fogueira
A Festa da Fogueira de Jateí, que começou ontem (28) e com termino no domingo (30), terá seu ponto alto neste sábado (29) quando acontece o acendimento da maior fogueira do Brasil à meia noite. A expectativa é receber 100 mil pessoas nos dias de festa.
A festa está na 47º edição e é uma homenagem a São Pedro, padroeiro da cidade. Neste ano, a fogueira tem cerca de 70 metros, cinco metros a mais do que do ano anterior. Na hora da queira, haverá show pirotécnico sincronizado, que deve colorir o céu.
Conforme Francisco Raimundo Filho, coordenador da montagem da fogueira, sua base começa com oito metros de largura, sendo que os últimos lances fecham com dois metros.
Para fechar a obra, foram colocados feixos de bambu que formam um espécie de pavio e, em sua ponta, é adicionado mais um mastro que sustenta uma bandeira com as cores do município.
Uma estrutura hidráulica foi montada para fazer um elevador que garantiu a edificação da fogueira com segurança, que é sustentada por dezenas de cabos de aço e longe da área de circulação de pessoas.
Um guindaste foi usada no começo da montagem, para estruturar a base da fogueira em seus primeiros 20 metros. Sua altura é equivalente a um edifício de 22 andares, cerca de 70 metros.
Como ocorre desde 1.977, a realização da Festa da Fogueira é da Prefeitura de Jateí O evento encampado pelo então prefeito da época, José Jorge Leite – já falecido – é pai do atual, Eraldo Jorge Leite, que está no comando do município pela quinta vez.
Essa será a décima oitava vez que a Prefeitura realiza a festa tendo Eraldo como prefeito – Em 2020 e 2021 a pandemia impediu aglomeração de pessoas – sempre procurando aprimorar e projetar Jateí de forma positiva para o Brasil e o mundo, por meio da tradição e fé cristã.
Registros históricos e do livro "Jateí, Doce Recanto do Brasil”, apontam que a Festa da Fogueira nasceu oficialmente em 1977, incentivada pelo então prefeito José Jorge Leite. No ano anterior (1976), o então diretor da escola local, Manoel Sanches Gabriel, com a ajuda de seus alunos, montou uma fogueira de seis metros no dia 29 de junho, em homenagem à São Pedro, padroeiro do município. Francisco Filho, atual coordenador de montagem, foi um dos alunos que ajudou a erguer a fogueira naquele ano.
A altura da fogueira chamou a atenção de José Jorge e, em 1977, quando já havia sido eleito prefeito pela segunda vez (77/82), incentivou o professor a fazer uma fogueira ainda maior, instalando também barracas e atrações. Nascia então a Festa do Padroeiro de Jateí, tendo na fogueira um dos centros de atenção.
A tradição de Jateí ganhou o Brasil e o mundo, por meio de reportagens da TV Globo – principal emissora do Brasil – e demais veículos de comunicação, sendo que o município entrou para o livro dos recordes mundiais (Guinnes Book) como a maior fogueira do mundo. Essa certificação aumentou, ainda mais, o desafio de fazer um evento mais grandioso a cada ano de sua edição.
Com o passar dos anos, a fogueira foi sendo montada cada vez mais alta e o símbolo virou nome da festa, mas sempre em homenagem ao padroeiro. Outra consequência da festa foi a implantação do Parque da Fogueira, em 2007, no seu aniversário de 30 anos, se tornando o principal centro dos grandes eventos de Jateí. A obra foi idealizada e construída na gestão 2005/2008 de Eraldo Leite, que buscou parcerias com os governos estadual e federal para sua implantação, além de recursos próprios do município.
O espaço multiuso é cartão postal da cidade e motivo de orgulho da população local, que faz questão de apresentar a obra aos visitantes e turistas. O Parque da Fogueira de Jateí tem cerca de vinte mil metros de área construída, incluindo uma imensa cobertura fixa para abrigar palcos e ainda dois salões de festas e um espaço para feiras e praça de alimentação.
As dimensões do Parque da Fogueira em Jateí remetem a do Parque do Peão de Barretos, em São Paulo, pela grandiosidade e estrutura montada em seu interior. A diferença é que o espaço paulista é particular e o parque jateiense é público, um patrimônio de sua população.