A agricultura urbana está se expandindo nas grandes metrópoles brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, não apenas como uma tendência, mas como uma solução multifacetada para diversos desafios contemporâneos. Além de contribuir para a segurança alimentar local, essa prática pode reduzir a temperatura das cidades. Estudos indicam que o plantio de hortas pode diminuir o aquecimento em até 0,2ºC, um refresco para o calor cada vez mais intenso, principalmente nas grandes cidades que cresceram de forma desordenada. Em São Paulo, mais de mil hortas já estão em funcionamento nas escolas, mostrando como é possível integrar a educação com práticas sustentáveis desde cedo. Na Vila Beatriz, a comunidade se reúne para plantar e colher alimentos frescos, o que promove não apenas a segurança alimentar, mas também o senso de comunidade e sustentabilidade. No Parque do Ibirapuera, em São Paulo, e em outras áreas públicas, hortas comunitárias e pomares não só proporcionam alimentos frescos, mas também servem como espaços educativos e de lazer para os moradores. No Rio de Janeiro, iniciativas como o projeto Rio + Verde transformam terrenos ociosos em hortas e jardins, enquanto na Rocinha, o projeto Favela Verde incentiva os moradores a cultivar alimentos em varandas e telhados, tornando as comunidades mais independentes na produção de alimentos frescos e saudáveis. Feiras como a da Glória e a da Quinta da Boa Vista apoiam diretamente os agricultores urbanos que cultivam de maneira sustentável e oferece aos consumidores alimentos frescos e naturais e ainda reduzi a dependência de produtos transportados de longe.
As hortas comunitárias também estão sendo plantadas em prédios, uma tendência crescente que também ajuda a reduzir os gases de efeito estufa, além de promover a biodiversidade local. A agricultura urbana gera empregos locais, promove a economia circular e fortalece a resiliência das comunidades diante de crises alimentares e ambientais. Esse tipo de cultivo em espaços comunitários não é apenas uma prática sustentável, mas uma maneira de transformar as cidades em ambientes mais verdes e saudáveis
Identifique um local em sua casa que receba pelo menos 4 a 6 horas de sol direto por dia. Pode ser um quintal, varanda, jardim vertical ou até mesmo uma janela ensolarada. Certifique-se de que o solo esteja bem drenado e rico em nutrientes. Se necessário, adicione composto orgânico ou húmus para melhorar a qualidade da terra. Se optar por uma horta em recipientes, escolha vasos ou caixas que tenham pelo menos 20 cm de profundidade para a maioria das plantas. Certifique-se de que tenham furos de drenagem no fundo. Selecione as plantas de acordo com o espaço disponível e a quantidade de luz solar que o local recebe. Ervas como manjericão, salsa e hortelã são ideais para iniciantes, assim como tomates cereja, pimentões e algumas variedades de alface.
Plante as sementes ou mudas conforme as instruções de plantio de cada espécie. Geralmente, as sementes são plantadas em profundidade dobrada ao seu tamanho e as mudas são transplantadas com cuidado para os recipientes maiores. Os cuidados diários são manter o solo úmido, mas não encharcado. Verifique diariamente a necessidade de água, especialmente em dias quentes. Retire as ervas daninhas conforme aparecerem para manter a saúde das plantas. Fertilize a cada 4 a 6 semanas com um fertilizante orgânico ou de liberação lenta, seguindo as recomendações do fabricante. Quando as plantas estiverem maduras, colha regularmente para incentivar o crescimento contínuo. Utilize tesouras limpas para evitar danos às plantas. Monitore a saúde das plantas e trate quaisquer pragas ou doenças o mais cedo possível.
A horta em casa é um processo de aprendizagem contínua. Experimente diferentes tipos de plantas e técnicas de cultivo para descobrir o que funciona melhor para você e seu espaço. Seguindo esses passos simples, você poderá desfrutar de uma horta caseira repleta de alimentos frescos e saudáveis ao longo do ano.