Atualmente, há mais de 100 milhões de brasileiros ocupados no país. Em julho houve um aumento de 7,5% no total de pessoas trabalhando, chegando a 100,2 milhões de pessoas ocupadas. A taxa de desocupação caiu pelo 14º mês consecutivo, chegando a 8,9% em julho, o menor patamar desde julho de 2015. Cálculos feitos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam ainda que a população desempregada caiu quase 30% no intervalo de julho de 2021 a julho deste ano. São 4 milhões de pessoas menos desocupadas, saindo de 13,6 milhões para 9,7 milhões de desempregados. O aumento na ocupação ocorreu de forma intensa principalmente entre jovens e idosos, mais afetados em momentos de crise, com crescimento de dois dígitos. A queda mais acentuada de desemprego aconteceu em trabalhadores do ensino superior, com alta na ocupação de 4,1%. Os indicadores de sub-ocupação e desalento do Ipea também confirmam a melhora no mercado de trabalho brasileiro.Destaque também para alguns segmentos que foram muito afetados e estavam represados durante a pandemia de Covid-19: alojamento, alimentação e serviços pessoais.
A pesquisadora do Ipea Maria Andrea Lameiras prevê melhoras adicionais no mercado de trabalho até o fim deste ano, principalmente por causa da perspectiva de um PIB maior em 2022. "Nós próximos meses, a tendência é de que esse movimento de melhora continue, ainda que a gente tenha alguma desaceleração na taxa de crescimento da ocupação e na velocidade de queda da desocupação, esses dois movimentos vão continuar, a gente ainda vai ver uma população ocupada crescendo, o desemprego caindo, isso por conta da melhora da atividade econômica. Todas as projeções de crescimento para a economia brasileira em 2022 estão sendo revistas para cima. E a gente sabe que a gente só gera emprego e só faz a taxa de desocupação cair numa economia que cresce. E é isso que a gente está vivendo neste momento. A gente está em um momento de crescimento econômico e isso vai continuar gerando frutos para o mercado de trabalho", explicou.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga