SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após ser condenado a pagar R$ 500 mil ao treinador de futebol Jorge Sampaoli por chamá-lo de racista, o comentarista esportivo e ex-jogador Neto fez um acordo com o técnico para encerrar a batalha judicial.
Com isso, além do pedido de desculpas durante uma audiência online, Neto resolveu divulgar uma ação beneficente de Sampaoli em suas redes sociais. Ele também deverá ajudar com alguma contribuição.
Pelas redes sociais, Neto publicou uma imagem do evento denominado Copa Sampaoli, que acontecerá na Rocinha em 6 de julho e premiará jovens jogadores com troféus e medalhas.
"E aí garotinho? Estou feliz de ter terminado o problema com o Sampaoli e mais ainda por poder ajudar nesse evento maravilhoso que ele organizou na Rocinha. Fazer o bem sempre é excelente", escreveu o comentarista na postagem.
Em novembro do ano passado, o ex-jogador Neto e a Band haviam sido condenados em primeira instância a pagar R$ 500 mil ao ex-comandante de equipes como Santos e Flamengo no futebol brasileiro, por conta de uma acusação de racismo que não foi comprovada pelo ídolo do Corinthians.
O caso corria na 1ª Vara Cível do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). Sampaoli alegava que Neto e a Band feriram sua honra. No programa Os Donos da Bola de 18 de abril daquele ano, Neto disse que o ex-jogador Serginho
Chulapa lhe confidenciou em entrevista que Sebastião Martins Oliveira Júnior, mais conhecido como Arzul, preparador de goleiros do Santos, teria sido maltratado pelo técnico.
Neto, assim, disse que houve racismo por parte de Sampaoli. "Ele [Jorge Sampaoli] foi racista no Santos, nunca cumprimentou ninguém, nunca falou português: 'Por favor, não, senhor, me desculpe'. Esse baixinho, idiota. Isso aí é uma vergonha, pinto pequeno, não sabe nada de bola. É uma vergonha o Flamengo contratar um cara desse", disse na ocasião.
No mesmo dia, no programa Baita Amigos!, no canal pago BandSports, ele foi mais fundo nas acusações: "Um cara que trata mal o Arzul, que é negro. E que é igual a mim, que é igual a você e que é um ser humano incrível. Esse cara, o Jorge Sampaoli, fazia o Arzul ficar fora do vestiário. Ele fez muitas pessoas contratadas antes dele perderem o emprego. Esse cara é nojento. Nunca tratou bem ninguém".
Em depoimento para a Justiça, no entanto, Arzul negou que Sampaoli tenha cometido algum caso de racismo com ele e com outros funcionários do Santos. Serginho Chulapa não compareceu para depor.