O setor automotivo do Brasil encerrou o primeiro semestre com sinais de recuperação, apesar da queda nas vendas no Rio Grande do Sul. O setor registrou um aumento de 15% nas vendas de carros comerciais leves, caminhões e ônibus. Quando incluídas motos e implementos rodoviários, a expansão atinge 16,3%. O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Andretta Júnior, revisou para cima as previsões para o fechamento de 2024, destacando um crescimento de 13,6% no segundo trimestre, superando a projeção inicial de 12%. Andretta Júnior atribui o crescimento à disponibilidade de crédito, que tem impulsionado as vendas. Ele prevê um segundo semestre ainda melhor, com um aumento de mais 15% nas vendas.
No entanto, o ambiente de negócios enfrenta desafios, como os ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central, a repercussão nos mercados, dólar e cenários externos desfavoráveis. A economista Teresa Fernandes explica que, apesar das adversidades, o movimento de expansão de crédito continua relevante e suficiente para garantir um bom desempenho do setor. No Rio Grande do Sul, que representa 5% das vendas automotivas, a recuperação é gradual devido às enchentes que afetaram 280 concessionárias em junho. Mesmo assim, os emplacamentos no Brasil aumentaram 6% em relação a maio, registrando o melhor acumulado no semestre desde 2014.
Publicado por Luisa Cardoso