O ExĂ©rcito estĂĄ ajudando a combater o incĂȘndio no Pantanal, em Mato Grosso.
Os helicópteros não param. São vĂĄrias viagens para transportar os militares que atuam contra os incĂȘndios, em CĂĄceres, no oeste de Mato Grosso. Pelo Rio Paraguai, as balsas levam tratores usados para abrir caminho por terra.
No Pantanal, o trabalho dos bombeiros não termina no combate ao incĂȘndio. Depois, ainda Ă© preciso monitorar o local por um bom tempo. Uma ĂĄrea, por exemplo, não tem nenhuma chama na superfĂcie, mas o fogo estĂĄ avançando lentamente debaixo da terra.
"No Pantanal, nós temos o incĂȘndio subterrâneo. A vegetação morta se acumula e serve como combustĂvel. Nós podemos ver a fumaça que estĂĄ sendo emitida por baixo do solo porque o fogo estĂĄ se propagando", explica o tenente-coronel Leandro Alves, do Corpo de Bombeiros de MT.
O ExĂ©rcito montou uma base com alojamento para 150 pessoas na rodovia Transpantaneira, principal via de acesso ao Pantanal no estado. Os militares vão preparar a alimentação para os brigadistas e dar apoio logĂstico. O lugar tambĂ©m tem um posto mĂ©dico para os primeiros socorros.
No Pantanal, o trabalho dos bombeiros não termina no combate ao incĂȘndio. Depois, ainda Ă© preciso monitorar o local por um bom tempo ïżœ- Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
PoconĂ© Ă© considerada a porta de entrada do Pantanal em Mato Grosso. A cidade não registra chuva significativa, acima de 10 mm, hĂĄ trĂȘs meses. O perĂodo considerado crĂtico começa só em setembro.
"O Pantanal tem sido atingido por uma condição climĂĄtica diferente de seis, sete anos atrĂĄs. Onde havia ĂĄreas alagadas, hoje a gente vĂȘ aquela vegetação que era submersa, exposta ao calor, ao vento e à baixa condição hĂdrica. Faz com que, realmente, o incĂȘndio tenha material combustĂvel para queimar", diz FlĂĄvio Gledson, comandante-geral do Corpo de Bombeiros de MT.