A maior fábrica de celulose em linha única do mundo já está em operação no coração de Ribas do Rio Pardo, a 98 quilômetros de Campo Grande. A Suzano confirmou o início das atividades no último domingo (21).
Foram investidos R$ 22,2 bilhões na unidade, que prevê impulsionar o desenvolvimento econômico de Mato Grosso do Sul. Portanto, no pico de obras, cerca de 10 mil empregos foram gerados. Com o início das operações, cerca de três mil pessoas trabalharão nas atividades industrial, florestal e de logística da fábrica.
O Projeto Cerrado, a terceira indústria de celulose do Estado, anunciou-se em maio de 2021. Sendo assim, o investimento foi de R$ 19,3 bilhões e teve pico das obras em 2023.
Com os novos moradores, a economia local melhorou. Os comerciantes estão satisfeitos com o movimento do comércio. Ribas do Rio Pardo tinha a previsão de arrecadar R$ 200 milhões e conseguiu atingir a meta de R$ 305 milhões no ano passado.
Os números econômicos são positivos, mas "nem tudo são flores". Com o aumento populacional, serviços como educação, saúde e segurança também crescem sucessivamente, necessitando que se realize um trabalho com os impactos sociais que o grande empreendimento trouxe para a cidade.
Com o aumento na procura, o valor dos imóveis aumentou em 200%, de acordo com o prefeito. Assim, aluguéis, que os moradores locais costumavam pagar em média R$ 600, subiram para R$ 2,5 mil.
Contudo, a fábrica é autossuficiente na produção de energia verde, com excedente de aproximadamente 180 megawatts médios, energia suficiente para abastecer uma cidade com dois milhões de habitantes durante o dia.
Segundo a Suzano, a empresa produzirá 2,55 milhões de toneladas de celulose ao ano, estabelecendo um novo marco para o mercado global e ampliando em cerca de 20% sua oferta de celulose.