Realizada nesta quarta-feira (24) uma reunião de controle sobre as ações do governo federal em Belém, no Pará, e as obras de preparação para a COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas.
Participaram o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o governador, Helder Barbalho, no Palácio do Governo, na capital do Estado. O Prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, e o ministro das Cidades, Jader Filho, também estiveram presentes.
A COP 30 será a reunião em que os países membros da ONU devem rever as metas de emissão de gases, e reforçar o compromisso de zerá-las até 2035.
Em uma entrevista a uma TV local, Rui Costa disse que "tudo dentro do cronograma" e destacou o trabalho junto à rede de hotéis para capital paraense receber os milhares de participantes do evento.
"O setor de hotelaria. Esse é o maior desafio, porque nós temos um desafio de garantir hospedagem de qualidade, mas também quem vai fazer o investimento quer visualizar a sustentabilidade desse investimento pós-acordo. E é por isso que nós devemos também fazer estruturas provisórias. Por exemplo, está previsto uma grande estrutura provisória de hotelaria e que após a COP vai virar o centro administrativo do governo do estado".
Inclusive, serão realizadas obras de dragagem para receber navios-cruzeiro onde até 6 mil participantes poderão ficar.
"Estamos finalizando a licitação da dragagem do rio. Obra, muito importante, para viabilizar 6 mil leitos. Então a dragagem vai custar cerca de R$ 210 milhões. Está sendo finalizada. E esse é um ativo, um patrimônio que ficará para a população. Porque, uma vez feita a dragagem, Belém poderá receber navios de grande porte para o turismo, o que hoje não é possível, porque em função do calado, os navios não conseguem encostar".
Na agenda desta quarta, uma equipe da Secretaria Extraordinária para a COP 30 visita o centenário mercado Ver-o-Peso, entre outros pontos. Lá, os feirantes foram realocados para tendas provisórias dentro do mesmo complexo.
Até o evento no ano que vem, o Parque da Cidade, em Belém, deve receber um Centro de Economia Criativa, um Centro Gastronômico, além de cinema, mercado de produtos regionais, biblioteca, uma Torre de Contemplação, um templo ecumênico, oratório, e uma Praça de Exposição.
Outras obras são o "Porto Futuro II", um espaço ligado às atividades econômicas, onde será construído o "Museu das Amazônias"; e o "Parque de Bioeconomia", um projeto pioneiro que engloba a Escola de Saberes da Floresta, além de um Centro de Turismo, um Espaço de Inovação, junto com outros componentes pra promoção de uma economia sustentável e da preservação do patrimônio natural e cultural.
Em outro projeto, a "Nova Doca", deve substituir as seis comportas para controle de água de maré, e evitar inundações.