As provas olímpicas em águas abertas previstas para serem realizadas no Sena terão que passar por uma “adaptação necessária” devido à alta vazão do rio, que “não é incompatível com a disputa das competições”, disse nesta quarta-feira o vice-prefeito de Paris encarregado da gestão de esportes, Pierre Rabadan. A vazão do rio havia caído na última quinta-feira de 350 m³/segundo, um ritmo que continua sendo de duas a três vezes superior aos padrões do verão parisiense. As chuvas das últimas semanas provocaram esse aumento. Este assunto tem sido um problema para os organizadores, tanto para a cerimônia de abertura de sexta-feira como para as provas de triatlo (30 e 31 de julho, 5 de agosto) e de natação em águas abertas (8 e 9 de agosto), previstas para serem disputadas no Sena.
O fluxo “continua elevado, especialmente tendo em conta as chuvas que ocorreram em Haute-Marne [departamento no leste da França]”, mas “continuará a diminuir nos próximos dias”, explicou Rabadan. “Mas será bom para o ótimo desenvolvimento da cerimônia. Não será um problema para o desfile dos barcos” e nem “para o espetáculo”, garantiu. Em relação às competições, “haverá uma adaptação necessária para os atletas, mas não será incompatível com a disputa” das provas, garantiu este ex-jogador de rúgbi. Embora as análises da qualidade da água tenham melhorado desde o final de junho, persistem dúvidas sobre a realização das competições, que dependem do nível de poluição bacteriológica do rio imediatamente antes das provas.
Entre 10 e 16 de julho, as análises da qualidade da água do Sena no ponto de controle da ponte Alexandre III estavam dentro das normas sanitárias em seis dos sete dias, explicaram na sexta-feira a prefeitura de Paris e a administração regional. Desde então, “os resultados da qualidade da água continuam a ser bons e dentro dos limites para autorizar banhos”, disse Rabadan, que destacou que os organizadores dos Jogos Olímpicos “estão confiantes no bom andamento das provas”.
*Com informações do Estadão Conteúdo