O governo do Acre decretou situação de emergência em todo o estado por causa dos efeitos da seca, que se intensificou no fim do primeiro semestre.
A redução substancial nos níveis dos principais rios, entre eles, Acre, Purus, Juruá, Tarauacá, Envira e Iaco, vem ocorrendo desde junho e deve se prolongar até novembro, período tradicionalmente seco no estado.
E essa falta de chuvas afeta o fornecimento de água e compromete, inclusive, a agricultura, a pecuária e o cotidiano de milhares de pessoas. Com o nível dos rios mais baixo, comunidades rurais e aldeias indígenas podem até ficar isoladas por falta de condições de navegabilidade.
O governo também chama a atenção para o impacto da seca na questão do abastecimento do Estado. Existe uma preocupação com o risco de aumento nos preços de alimentos e demais insumos; além do abastecimento de medicamentos e itens de saúde em hospitais e postos médicos.
Além da situação de emergência em todo o estado por causa da seca, o governo publicou um outro decreto específico para as cidades de Feijó e Rio Branco. Além da falta d'água, esses municípios estão sendo afetados por uma forte erosão dos rios que cortam as duas cidades.
O fenômeno é classificado como desastre natural geológico. A erosão progressiva nas margens do Rio Acre, que banha a capital, já provocou o rompimento de calçadas, a movimentação do calçadão do Novo Mercado Velho, e ameaça ainda prédios históricos e construções vizinhas próximas à margem do rio. Inclusive, na cidade de Feijó, distante cerca de 363km de Rio Branco, a erosão no leito do Rio Envira, já causou o desmoronamento de pelo menos dez residências no bairro Aristides e potencial risco a construções vizinhas.