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"Não é possível mais conviver com esses conflitos e risco de morte diariamente", diz ministra Sônia Guajajara em Douradina

Com um forte esquema de segurança, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, já está na cidade de Douradina para intermediar um acordo de pacificação entre indígenas e fazendeiros que disputam uma área de 12,1 mil hectares.

Por Midia NAS em 06/08/2024 às 12:48:00

Com um forte esquema de segurança, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, já está na cidade de Douradina para intermediar um acordo de pacificação entre indígenas e fazendeiros que disputam uma área de 12,1 mil hectares. O local foi reconhecido em 2011 pela Fundação Nacional do Índio (Funaí) como Território Panambi Lagoa Rica, porém, o processo final está parado devido ao chamado ‘Marco Temporal’.

No local residem indígenas da etnia guarani-kaiowá e que estão em confronto com fazendeiros da região que, por sua vez, defendem a propriedade das terras. Nas últimas 72 horas, pelo menos 11 indígenas ficaram feridos por balas de borracha e munição letal. A Força Nacional de Segurança, Polícia Federal e a Polícia Militar estão no local para impedir um novo duelo.

Por conta deste cenário, a ministra decidiu ir até a terra indígena para dialogar com os grupos e tentar chegar a um acordo comum. Acompanhada do secretário-executivo do ministério, Eloy Terena, da deputada federal Célia Xacriabá (PSOL-MG) e da presidente da Funai, Joênia Wapichana, a ministra foi recebida com a cerimônia tradicional dos guarani-kaiowá. Os produtores rurais acampados no local apenas observaram o movimento.

"Estamos aqui para prestar solidariedade, trazer a presença do Estado Brasileiro e apoio a esse povo que está aqui acampado, lutando pelo seu direito territorial. Precisamos destravar o processo dessa área que já está com relatório concluído e publicado pela Funai, mas que está paralisado por liminar judicial", afirmou Sonia Guajajara. Ontem, ela recebeu em seu gabinete um grupo de representantes da retomada para tratar da agenda.

Ainda na sua fala, a ministra disse que o presidente da República, Lula (PT), tem compromisso de avançar com os processos demarcatórios. “Não é possível mais conviver com esses conflitos e risco de morte diariamente, com situação de insegurança permanente. Queremos garantir a segurança e a proteção dos povos originários em suas áreas”, completou ela.

O avião com a ministra chegou na Base Aérea de Campo Grande por volta das 06 horas de hoje. Em seguida, seguiu de veículo até o destino. A vinda dela foi anunciada durante a audiência no STF (Supremo Tribunal Federal) que ocorreu ontem para debater o marco temporal. Uma delegação com representantes do ministério já tinha sido enviada ao município para tomar ciência da situação e preparar a área para a visita oficial.

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