A companhia aérea Voe Pass, ex-Passaredo, retirou os funcionários do balcão de vendas que mantém no aeroporto de Cascavel, no Paraná, no início da tarde desta sexta-feira. O espaço foi fechado logo depois do acidente envolvendo um bimotor da empresa que deixou o local em direção a Guarulhos, matando 61 pessoas ao cair em Vinhedo (SP). Ao longo do dia, parentes de passageiros vêm se dirigindo ao guichê, em vão, em busca de informações.
A prefeitura de Cascavel, no interior do Paraná, montou uma sala de crise no aeroporto municipal Coronel Adalberto Mendes da Silva. Os parentes de passageiros vêm sendo direcionados para uma área reservada e, até o momento, poucos falaram com a imprensa.
A cabeleireira Tatiane Bartinik conta que os pais, de 65 e 61 anos, estariam no voo. Eles seguiam para o Rio de Janeiro para visitar parentes e fariam uma conexão no aeroporto de Guarulhos.
Ninguém passou nada para nós até agora. Queremos respostas. Estão querendo mandar a gente para um hotel, mas nós somos aqui da cidade. Não adianta nada ir para o hotel. Tá todo mundo esperando por notícia desabafou.
A reportagem registrou cerca de 15 pessoas indo até esta sala e retornando bastante comovidas, chorando em direção à saída do aeroporto. Ambulâncias e equipes médicas do SAMU foram deslocadas até o local para prestar atendimento a algumas pessoas que estavam passando mal.
Pelo menos dez pessoas receberam atendimento, mas, segundo a Secretaria municipal de Saúde de Cascavel, passam bem.
Nós estamos com equipes com médicos, enfermeiros, tanto no saguão, quanto na parte superior do aeroporto, para onde estão sendo levados os familiares das vítimas, e também psicólogos que já estão dando suporte para estas pessoas afirmou o secretário de saúde de Cascavel, Miroslau Bailak.