SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Ralf, 63, pediu "um tempo" na carreira após a morte do irmão, Chrystian, que ocorreu em junho. O músico disse sofrer muito com o luto pela morte do irmão. "Ainda é muito difícil para mim", contou em entrevista a André Piunti, há cerca de duas semanas.
Ralf tinha turnê marcada nos Estados Unidos, além de apresentações no Brasil. Ele chegou a ser criticado por seguir com a agenda.
Foi então que ele pediu uma pausa na carreira. "Eu não conseguia cantar 'Amaremos'. Quando eu tinha que cantar, eu começava a chorar. Eu pedi um tempo porque tava muito pesado para mim. E é isso, eu ainda sinto muito", contou, emocionado.
Disléxico, o cantor se confundiu e disse no velório que estava 4 anos sem falar com o irmão. "Eu falei '4 anos' e o escritório me corrigiu. A gente se falou na pandemia inteira", contou, lamentando que a informação já havia se espalhado.
Ele comentou as críticas recebidas após a morte do irmão: "Procuro me isentar nas críticas e ter meu sentimento. As pessoas acham que o luto está na roupa que você veste. O luto é o que você sente por dentro. Acho que é o pior momento que eu já vivi na minha vida".
Ralf disse que viu o pai morrer e, traumatizado com isso, não queria ir ao velório de Chrystian: "Nem o velório da minha mãe eu fui. Eu queria lembrar dela bem, como eu também queria lembrar do meu irmão".