O Irã negou nesta terça-feira (20) que esteja tentando intervir com atividades cibernéticas nas próximas eleições dos Estados Unidos para moldar o resultado de acordo com os seus interesses, segundo denunciaram ontem agências de inteligência americanas. "Essas alegações são infundadas e desprovidas de qualquer fundamento. Como afirmamos anteriormente, a República Islâmica do Irã não tem intenção nem razão para interferir nas eleições presidenciais dos EUA", afirmou a Missão Permanente do Irã na ONU, segundo informou a agência estatal iraniana "IRNA".
"Se o governo dos EUA acredita genuinamente na validade das suas afirmações, deveria fornecer-nos evidências pertinentes, se houver, às quais responderemos em conformidade", acrescentou a sede diplomática iraniana. O FBI, o Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional (ODNI) e a Agência de Segurança de Infraestrutura e Cibersegurança (CISA) denunciaram ontem que o Irã aumentou suas tentativas de intervir nas próximas eleições do país para moldar o resultado de acordo com seus interesses, uma atividade que inclui aquelas relatadas recentemente pela campanha do candidato presidencial republicano Donald Trump.
"Observamos uma atividade iraniana cada vez mais agressiva durante este ciclo eleitoral, envolvendo especificamente operações de influência visando o público americano e operações cibernéticas visando campanhas presidenciais", afirmou um comunicado conjunto das agências. Além disso, asseguraram estar convencidas de que o governo iraniano, através de engenharia social e outros esforços, tem procurado pessoas com acesso direto às campanhas presidenciais dos republicanos e democratas, com o objetivo de influenciar o processo eleitoral. A denúncia americana coincidiu com o 71º aniversário do golpe de Estado perpetrado pelos Estados Unidos contra o primeiro-ministro iraniano, Mohammed Mossadegh, a favor do xá Mohammad Reza Pahlavi, em 1953.
*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte