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Com alta de apreensão de azeite clandestino, ministério orienta como escolher o produto

Desconfiar de preços muito baixos, checar lista de produtos recolhidos pelo governo e ler os rótulos estão entre as principais dicas A apreensão de azeite clandestino nos primeiros sete meses deste ano já supera 1 milhão de litros, quase o total registrado no ano passado inteiro (1,3 milhão).

Por Midia NAS em 25/08/2024 às 12:32:58

Desconfiar de preços muito baixos, checar lista de produtos recolhidos pelo governo e ler os rótulos estão entre as principais dicas

A apreensão de azeite clandestino nos primeiros sete meses deste ano já supera 1 milhão de litros, quase o total registrado no ano passado inteiro (1,3 milhão). Segundo a Receita Federal, de 2022 a 2023, quando começou a subir o preço do azeite no mercado internacional com o impacto do clima, as apreensões já haviam dobrado. Desde 2020, triplicou a quantidade de produto irregular no país.

O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) também tem flagrado produto fraudado. Em março, o ministério determinou o recolhimento de dez marcas de azeites, após operação identificar esquema ilícito de importação, adulteração e distribuição de azeite de oliva fraudados.

Os principais motivos da alta de apreensões são a escassez do produto e o aumento de preço decorrente dessa falta no mercado internacional.

O preço do azeite de oliva aumentou 50% nos últimos 12 meses, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE. Uma garrafa de 500ml custa acima de R$ 50. O que provocou essa escalada do valor foi o forte calor na Europa nos últimos anos, que afeta o crescimento das azeitonas.

Lista de produtos reprovados

Segundo o ministério, as fraudes de azeites realizadas por empresas no Brasil, na sua maioria clandestinas, utilizam óleos não comestíveis e impróprios para o consumo humano, como, por exemplo, o azeite lampante, que oferece um grande risco para a saúde do consumidor.

O lampante, azeite de baixa qualidade, caracterizado por sua alta acidez, sabores estranhos e impurezas, foi historicamente usado como combustível para lamparinas.

Por isso, o consumidor deve ficar atento na hora de comprar o produto. O ministério esclarece que o primeiro ponto fundamental é checar se o azeite não está na lista de produtos suspensos.

"Ao contrário do que muitos consumidores costumam buscar, a acidez não diz nada a respeito da qualidade do azeite e ela não é perceptível ao paladar. O azeite de oliva, para ser considerado extra virgem, precisa ter acidez abaixo de 0,8%, mas não há nenhuma correlação que garanta que 'quanto mais baixa a acidez, melhor o azeite'", explica o ministério em nota.

"Na verdade, os produtos com acidez mais baixa são os refinados, porque no refino esses ácidos graxos livres, que são nobres, acabam neutralizados e removidos do produto. Portanto, uma acidez excessivamente baixa poderia inclusive ser entendida como indicativo de que não se trata de um azeite virgem, mas sim de um refinado", acrescenta o texto.

Quais são as recomendações para o consumidor?

  1. Primeiro ponto fundamental é certificar-se de que o azeite não está na lista do Mapa de produtos suspensos (veja link do site do ministério).
  2. Em seguida, desconfie de preços excessivamente baixos. Como se trata de um produto quase inteiramente importado, infelizmente, não tem como ser muito barato para o consumidor brasileiro.
  3. Leia com atenção as informações no rótulo para garantir que é um azeite de oliva extra virgem, e não um produto composto contendo mistura com outros ingredientes.
  4. Verifique a data de validade: o azeite é como se fosse um "suco de azeitona". Quanto mais fresco, melhor. Sempre que possível, prefira azeites da safra atual.
  5. Se possível, dê preferência a azeites brasileiros, pois o azeite importado pode ter sido exposto a condições de temperatura inadequadas durante o transporte.
  6. Caso a data de produção não esteja informada no rótulo, busque a data de envase e evite produtos com mais de 2 anos de prazo de validade, pois dificilmente o azeite preservará suas propriedades por todo esse tempo.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária via R7

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