Mais 200 bombeiros passaram a reforçar a equipe que está em campo no combate às queimadas e ao desmatamento no Amazonas. Esse grupo será enviado para 12 cidades do sul do estado, como Humaitá, Apuí, Lábrea, que estão entre as que mais apresentam focos ativos de queimadas; além de municípios da região metropolitana de Manaus. Ao todo, 600 bombeiros estão em campo em todas as frentes de combate.
Desde o mês de junho, quando foi lançada, a Operação Aceiro tem atuado com agentes entre bombeiros, brigadistas e homens da Força Nacional. Em três meses de trabalho, as equipes combateram mais de 10 mil focos de incêndio, a maior parte no interior do Amazonas. Agora no mês de agosto, considerando até o dia 25, o aumento foi de 68% quando comparado ao mesmo período do ano passado.
E onde há fogo, há fumaça e também prejuízos para a saúde. O aplicativo Selva, Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental, da Universidade do Estado do Amazonas, que monitora as queimadas e a qualidade do ar, mostra que praticamente todo o estado está tomado por uma densa nuvem de fumaça. Numa escala de 5 pontos onde a qualidade do ar é medida como boa, moderada, ruim, muito ruim e péssima pelo aplicativo, apenas a cidade de Barcelos apresentou qualidade boa de ar nesta terça-feira (27). Todas as outras estações de monitoramento espalhadas pelo Amazonas registram níveis de poluição do ar "muito ruins" ou "péssimas" - apenas a cidade de Parintins apresentou índice tido como "ruim".
Em menos de quatro meses, órgãos ambientais amazonenses aplicaram cerca de R$ 92 milhões em multas pela prática de crimes ambientais ocorridos no Sul do estado.
Desde o início de julho, um decreto do governo do Amazonas proíbe - por 180 dias - qualquer prática que envolva uso de fogo, inclusive as que utilizam técnicas de queima controlada, na região metropolitana e Sul do estado do Amazonas.