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Cezário foi preso por fazer reunião com presidentes de clube em casa

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) confirmou que pediu a prisão de Francisco Cezário.

Por Midia NAS em 28/08/2024 às 11:17:17
Foto: Investiga MS

Foto: Investiga MS

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) confirmou que pediu a prisão de Francisco Cezário. Em nota, o Gaeco afirma que Cezário descumpriu medidas cautelares alternativas impostas pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, em especial de não exercer qualquer função no âmbito da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, o que foi acatado pelo Poder Judiciário.

"Verificou-se que, a despeito da proibição judicial, o ex-dirigente continuava a participar, nos bastidores, dos rumos da entidade, articulando com aliados e fazendo reuniões em sua residência com Presidentes de Clubes e dirigentes esportivos, além de acompanhar de perto as reuniões que ocorriam no âmbito da FFMS".

Cezário estava em liberdade desde o dia 6 de junho, depois que precisou deixar a prisão para ser internado com problemas no coração. Ele ganhou a liberdade com a condição de uso de tornozeleira eletrônica, proibição de contato com os demais acusados e testemunhas (eventual excepcionalidade deverá ser pontualmente avaliada pelo d. Juízo de origem por haver parentesco entre eles); proibição de ausência da comarca por mais de oito dias sem o prévio conhecimento e anuência do juízo natural; proibição de mudança de endereço sem a prévia comunicação ao d. Juízo de origem; e) proibição de comparecer à sede da FFMS; e suspensão, até que sobrevenha decisão judicial em sentido contrário, de qualquer função referente à Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul.

A Operação Cartão Vermelho, realizada pelo Gaeco em maio,  cumpriu 7 (sete) mandados de prisão preventiva, além de 14 (quatorze) mandados de busca e apreensão, nos municípios de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas.

A investigação apontou que os valores desviados da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, no período de setembro de 2018 até fevereiro de 2023, superaram a casa dos R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais).

No curso das diligências, a polícia apreendeu mais de 800 mil reais. O nome da operação, Cartão Vermelho  faz alusão ao instrumento utilizado pelos árbitros para expulsar os jogadores que cometem faltas graves durante as partidas de futebol.

Durante 20 meses de investigação, foi constatado que se instalou, na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, uma organização criminosa, cujo principal objetivo era desviar valores, sejam provenientes do Estado de Mato Grosso do Sul (via convênio, subvenção ou termo de fomento) ou mesmo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em benefício próprio e de terceiros.

Os investigadores identificaram que os integrantes da organização criminosa realizaram mais de 1.200 (um mil e duzentos) saques, que ultrapassaram o montante de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais).

A organização criminosa também possuía um esquema de desvio de diárias dos hotéis pagos pelo Estado de MS em jogos do Campeonato Estadual de Futebol.

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