O Governo do Estado divulgou nesta quarta-feira (28), a nomeação de 222 profissionais para atuarem no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul). A publicação acontece após reportagem do Jornal Midiamax relatando o déficit de funcionários e a falta de convocação dos aprovados no concurso.
Conforme o despacho do juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, o HRMS não informou o tamanho do déficit no quadro de funcionários. Contudo, em ofício protocolado nos autos do processo, o hospital limita-se a confirmar que "há déficit em algumas áreas do Hospital Regional".
Mas, antes da convocação publicada nesta quinta-feira (28), o hospital abriu um processo seletivo simples com 40 vagas para enfermeiro, além da ampliação de mais 20 vagas. Ou seja, antes mesmo da convocação dos 222 aprovados, o hospital chamou 60 profissionais de enfermagem para prestação de serviço temporário.
O concurso público foi aberto com 279 vagas, entretanto 222 serão preenchidas. Entretanto, números divulgados pelo sindicato e reiterados pelo Conselho Estadual de Saúde apontam que há déficit de aproximadamente 300 profissionais, entre técnicos e enfermeiros.
A reportagem do Jornal Midiamax revelou que candidatos colocaram o concurso sob suspeita, uma vez que houve poucos aprovados. Para se ter uma ideia, não foram preenchidas as vagas abertas para o cargo de técnico de enfermagem - 45 aprovados para 52 vagas.
O Jornal Midiamax ouviu alguns profissionais que prestaram o concurso do HRMS, na visão deles, a prova exigiu alto nível de dificuldade, diferente do exigido para contratações temporárias.
"Enquanto isso, para contratar temporários, a exigência é apenas análise curricular", comentou um candidato reprovado. "Caiu muita questão de informática que somente um técnico de informática precisa saber. Tinham que se atentar mais no conhecimento específico", retrucou outro técnico.
Muitos profissionais atuam no hospital como contratados temporários. Na avaliação do presidente do Conselho Estadual de Saúde, Ricardo Bueno, essa situação prejudica no atendimento: "Todo ano tem contrato vencendo, sendo renovado e o hospital se torna permanentemente um hospital de treinamento. Os profissionais não permanecem e isso prejudica a assistência", afirma.
Consta na denúncia oferecida ao MPMS, que a situação tem desgastado os profissionais, que ficam sobrecarregados e exaustos com extras que acabam tendo que fazer para suprir a demanda. "Os profissionais estão extremamente sobrecarregados, já que não suportam mais fazer horas extras, que além de cansativas, são mal remuneradas", afirma denúncia.
No DOE (Diário Oficial do Estado) divulgado nesta quarta-feira (28), consta a lista com os 222 nomes.
Sendo convocações para: