SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registrou 736 focos de incêndio nos dez primeiros dias de setembro.
De acordo com o histórico do órgão, o número é quase o dobro do total registrado em setembro do ano passado (373).
O período de fogo de 2024 não supera o de 2020, pior ano da série histórica do pantanal. Na ocasião foram registrados 2.550 focos de incêndios nos primeiros 10 dias de setembro, e 8.106 durante todo o mês inteiro.
Segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ), quase 3 milhões de hectares foram destruídos pelas chamas neste ano.
Além do fogo incessante, o bioma tem sofrido com a seca intensa. O rio Paraguai, principal bacia do pantanal, registra níveis negativos.
Na semana passada, o governo anunciou o envio de mais cinco helicópteros para o combate aos incêndios. As aeronaves já atuam no pantanal equipadas com um dispositivo capaz de lançar cerca de 2,5 mil litros de água. Na região atuam 907 profissionais do governo federal, com outros quatro helicópteros e oito aviões, além de 44 embarcações.
Nesta terça-feira (10), o ministro Flávio Dino, do STF (SUpremo Tribunal Federal), determinou a convocação imediata de mais bombeiros para combater as queimadas no país.