Após aliança entre PSDB e PL para as eleições de outubro em Campo Grande, no mês de julho, o presidente estadual do Liberal e suplente de senador Aparecido Andrade Portela, divulgou neste domingo (15), em um grupo de líderes do partido no Estado, que o tucano Reinaldo Azambuja vai assumir o partido.
De acordo com postagem em WhatsApp, Portela diz "A partir de 01 Jan 2025, o PL aqui no MS será dirigido pelo Reinaldo Azambuja. Pra quem não gostou, questione o próprio Bolsonaro", segundo site Investiga MS.
Tenente Portela ainda afirmou que Valdemar, junto com o senador Rogério Marinho, é o principal articulador político do partido. Ele também destacou sua lealdade a Jair Bolsonaro.
“Tenho uma amizade de mais de 45 anos com Bolsonaro, e essa lealdade é recíproca”, declarou Portela, que foi indicado como suplente da senadora Tereza Cristina pelo ex-presidente.
A aproximação do PSDB ao PL, causou um racha entre os bolsonaristas no Estado. Ainda de acordo com Investiga MS, Reinaldo Azambuja já dá as cartas no PL.
“Foi ele que, com autorização de Bolsonaro, determinou que o PL reduzisse de 40 para 27 o número de candidatos no Estado, retirando candidatura nas principais cidades. Entre elas, Campo Grande, Dourados e Três Lagoas, onde o partido tenta candidatura própria na Justiça”, afirmou site.
Relembre
Até início de julho deste ano, o deputado federal Marcos Pollon era o presidente do PL em Mato Grosso do Sul, mas foi destituído pelo presidente do PL nacional, Valdemar Costa Neto, que empossou o Tenente Portela no comando do partido no estado. O anúncio foi feito após escolha do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A mudança no comando do partido em Mato Grosso do Sul ocorreu após anúncio de aliança entre PL e PSDB para as eleições de outubro em Campo Grande. A aliança foi costurada após reunião em Brasília, entre Valdemar Costa Neto e o presidente do diretório estadual do PSDB em MS, o ex-governador Reinaldo Azambuja.
Com isso, o PSDB lançou o deputado federal Beto Pereira candidato a prefeito em Campo Grande e o PL , por meio do ex-presidente Bolsonaro, indicou Neidy Nunes Barbosa Centurião, a "Coronel Neidy", ex -subcomandante da Polícia Militar em MS, vice.
A decisão do PL provocou um racha no partido, já que alguns bolsonaristas, como o deputado federal Marcos Pollon, não aprovam essa aliança com o PSDB. Após o anúncio da aliança, no mês de julho, Pollon gravou um vídeo e disse que "tomou um soco no estômago" e, contrariando a direção nacional, colocou-se como pré-candidato a prefeito.
Após o vídeo gravado por Pollon se lançando candidato a prefeito da capital, a presidência nacional do PL decidiu destituí-lo do cargo. "Recebi a informação do Waldemar da Costa Neto que não estarei mais à frente da gestão do partido. Agradeço a todos que ombrearam comigo nesta trajetória e dos que precisarem de mim, e do meu mandato de deputado federal, comunico que sigo à disposição", disse o deputado federal.
Na sequência, Valdemar Costa Neto afirmou em vídeo que Portela seria o novo presidente estadual. “É o novo presidente do Mato Grosso do Sul, nosso parceiro, nosso semi-senador, primeiro suplente da senadora Tereza Cristina (PP), o comandante Portela. Ele é amigo do Bolsonaro, querido pelo [ex] presidente, o Bolsonaro que fez a escolha e foi a escolha mais certa”, anunciou Costa Neto.