O Governo Federal publicou, no Diário Oficial desta segunda-feira, o afastamento do superintendente do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Mato Grosso do Sul, Paulo Roberto da Silva.
O afastamento atende determinação do juiz da 4ª Vara Federal de Campo Grande, Pedro Pereira dos Santos, alegando omissão do Incra para manter segurança de barragens nos assentamentos Eldorado II, em Sidrolândia.
A ação que resultou no afastamento de Paulo Roberto atende pedidos do Ministério Público Federal, que cobra providências do Incra desde 2019, destacando o perigo das barragens.
O juiz exigiu um plano de ação emergencial em no máximo 15 dias, com execução em no máximo 30, e também aumento a multa ao Incra, que agora chega a R$ 43 milhões.
Na publicação desta segunda, o Incra informou que montou um grupo de trabalho, com cinco pessoas, incluindo três engenheiros, para realizar estudo e adotar providências solicitadas pelo juiz.
Procurado pela reportagem, Paulinho disse esperar mudança da decisão judicial. “Estamos prestando as informações que o MPF e o juiz pediram e a expectativa é de que isso se reverta nos próximos dias. Até porque não é um processo nosso, mas antigo, dos ex-dirigentes. Vamos provar o que já fizemos no processo e esperamos que o judiciário possa rever essa posição”.