Após a derrota ainda no primeiro turno das eleições estaduais de 2022, o ex-governador André Puccinelli (MDB) declarou publicamente que pretende disputar, em 2026, um cargo legislativo, mas descartou a possibilidade de concorrer ao Senado Federal. "Estou inclinado a ser candidato a deputado estadual ou deputado federal. Vou pleitear um desses mandatos", disse.
O anúncio do líder emedebista aconteceu na última sexta-feira (20), durante a sua participação em uma reunião política na cidade de Três Lagoas, em prol do candidato a vereador Luiz Akira (MDB), filho do ex-deputado estadual e atual prefeito de Bataguassu, Akira Otsubo (MDB).
A decisão de Puccinelli ocorre em favorecimento a atual ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), que em entrevista recente à imprensa declarou que irá concorrer ao Senado Federal em Mato Grosso do Sul, seu estado natal. Nas próximas eleições, serão ofertadas duas vagas para o Senado por estado.
Ainda durante a reunião política, André Puccinelli fez uma dura crítica aos filiados que trocam de partido, classificando como ‘falta de fidelidade’. "Infelizmente hoje muitos políticos pulam de galho em galho. Ao entrarem no partido, não leem o estatuto, se identificam e não seguem as premissas básicas. Fidelidade é importante”, citou.
O ex-governador complementou a fala, destacando que quem leu o estatuto do MDB, criado em 1966, “sabe que é um dos melhores programas partidários existentes”. "Muitos políticos seguem pessoas e não o partido. Eu sou partidário. Só trocar de camisa, sem ver os princípios para entrar no partido, não adianta”, finalizou o líder político.
André Puccinelli foi derrotado ao disputar, pela terceira vez, o cargo de governador de Mato Grosso do Sul nas eleições de 2022. Ele ficou em terceiro lugar no primeiro turno, somando 247.093 votos (17,18%), mesmo passando toda a fase de pré-campanha e de campanha liderando todas as pesquisas de intenções de votos.
No currículo, Puccinelli já atuou como deputado estadual por dois mandatos consecutivos, entre 1987 a 1995, e a federal por uma única vez, de 1995 a 1997, quando renunciou para assumir a Prefeitura de Campo Grande. No corrente ano, de 2024, esteve como pré-candidato a prefeito da Capital, porém, desistiu em função de um acordo partidário com o PSDB e anunciou apoio ao candidato Beto Pereira (PSDB).