O último debate para a Prefeitura de Campo Grande deve ser um dos mais quentes realizados até o momento. O confronto, que já era aguardado, promete ser ainda mais intenso depois que as campanhas observaram que a eleição está cada vez mais indefinida na Capital.
Nesta quinta-feira, dia do debate da TV Morena, duas pesquisas foram divulgadas e outras duas ainda podem ser publicadas, mas as campanhas realizam levantamentos internos diários, que já apontam movimentação intensa do eleitor, onde os indecisos podem ser decisivos.
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A reportagem conversou com as coordenações de campanha dos candidatos na Capital, que prometeram trocação direta no confronto, sem poupar ou escolher adversários, já de olho no segundo turno. Isso porque, eles têm ciência que no momento é muito difícil dizer quem estará no segundo turno.
Medo de ficar fora
A única certeza das campanhas é de que haverá segundo turno e que o seu candidato precisa estar lá. Com a campanha próxima do fim, o debate pode ser crucial para a definição do eleitor indeciso.
Nos últimos dias, a eleição, quente apenas na rede social, com divulgação de vídeos contra adversários, chegou à campanha oficial, com troca de acusações na propaganda. Cientes de que precisam garantir vaga no segundo turno, os candidatos ignoraram o fato de que podem precisar do adversário em um segundo turno e partiram para o ataque.
Candidata à reeleição, Adriane Lopes (PP) se prepara para rebater críticas de adversários, sabendo que será o principal alvo do confronto. Entretanto, a estratégia é responder a altura as críticas de adversários. Beto Pereira (PSDB) deve manter a estratégia de críticas à gestão de Adriane Lopes. Com mais tempo do que todos os adversários juntos na propaganda da rádio e TV, o candidato não poupou a atual administração e seguirá no mesmo tom.
Rose Modesto (União), que sempre teve como marca a participação mais tranquila em campanhas, não deve poupar adversários. Entre as lideranças do União Brasil, há um consenso de que não podem repetir o erro de campanhas passadas. Desta vez, a ordem é "marcar posição".
Camila Jara (PT) também deve adotar postura mais crítica a atual gestão, também com expectativa de conquistar indecisos, já que não aparece entre os líderes de pesquisas divulgadas até o momento. O mesmo acontece com Luso Queiroz (PSOL), que será o único, entre os partidos considerados menores, que participará do confronto. "Será de embates, sem se acovardar. Jamais perderia essa oportunidade de ouro pra mim", assegurou.
Beto Figueiró (Novo) e Ubirajara Martins (DC) ficaram de fora porque a TV Morena seguiu a legislação eleitoral, que desobriga participação de quem não tem cinco representantes no Congresso.
Os candidatos farão perguntas para si, com temas livres, em dois blocos dos debates. Nos outros dois, os temas serão determinados. Os candidatos também terão tempo para considerações finais.