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Dupla é presa por se passar como médicos e aplicar golpe milionário em farmácia da Capital

Dois homens, de 41 e 29 anos, foram presos pela Polícia Civil, em Campo Grande, por se passarem por falsos médicos e furtarem dezenas de caixas do medicamento Ozempic, usado para tratar diabetes tipo 2, de uma farmácia local.

Por Midia NAS em 03/10/2024 às 11:42:41

Dois homens, de 41 e 29 anos, foram presos pela Polícia Civil, em Campo Grande, por se passarem por falsos médicos e furtarem dezenas de caixas do medicamento Ozempic, usado para tratar diabetes tipo 2, de uma farmácia local. O prejuízo foi de R$ 441 mil, já que as compras não foram efetuadas.

Foram dois registros de ocorrência registrados pelo dono da farmácai nos dias 30 de setembro e 1º de outubro. Os fatos ocorreram no dia 16 de setembro, quando um dos autores entrou em contato pela televendas e se identificou como médico, comprando 20 caixas de Ozempic, que é um medicamento injetável.

Minutos depois, entrou novamente em contato e pediu mais sete caixas do mesmo remédio. O fato se repetiu no dia seguinte, quando ele adquiriu outras 30 unidades e cerca de uma hora depois mais 30. O mesmo aconteceu por outros dias, sendo que todas as notas foram emitidas em nome de um médico gastroenterologista de Goiânia (GO.

O outro preso se apresentava como médico residente no Distrito Federal e comprou o mesmo medicamente no dia 18, sendo duas caixas. No dia 20, mais 50 e no dia 22 outras 90 unidades. Ambos os pagamentos foram feitos via link, todas aprovadas pelo banco e retirados da farmácia por um entregador enviado pelos criminosos.

Entretanto, segundo a vítima, no dia 29 a rede do cartão entrou em contato e disse que os valores efetuados haviam sido contestados pelos titulares e os pagamentos cancelados. Somente neste momento o responsável da farmácia entendeu que caiu em um golpe e entrou em contato com os médicos verdadeiros.

O profissional de Goiânia informou que já havia registrado boletim de ocorrência na polícia porque tomou conhecimento que seu nome estava sendo utilizado para cometer crimes. Já o do Distrito Federal relatou que tomaria as providências, uma vez que as compras não foram feitas por ele.

O prejuízo da farmácia foi de R$ 441.124,93. A polícia investigou e usou as imagens da câmera de segurança para identificar o motoentregador que retirou os medicamentos nos dias 20 e 23 e constatou que entregou a outro homem, identificado apenas como Marcos. As encomendas foram entregues em endereços diversos.

As dar seguimento nas investigações, os policiais encontraram o primeiro golpista, que trabalhava como pedreiro em uma obra no bairro Carandá Bosque, que também era o endereço onde recebia os medicamentos. O carro utilizado para comer os crimes também estava no local.

Questionado sobre os fatos, Marcos confessou que recebeu as mercadorias e afirmou que foi seu amigo quem lhe passou o trabalho. Disse que os remédios foram entregues para outra pessoa, inclusive mostrou suas conversas no Whatsapp. Os policiais foram até a casa do mandante, na Rua Marechal Rondon, onde sentiram cheiro de maconha e cocaína.

No local, foi informado que o autor estava no trabalho. As equipes foram até a empresa de instalação de ar condicionado que ele trabalhava, onde recebeu a voz de prisão. Os dois autores foram indiciados pelo crime de associação criminosa e tráfico de drogas e aguardam a audiência de custódia.

Em depoimentos, o primeiro preso disse que conhece o comparsa há cerca de dois anos e que se reencontraram em uma obra e que o convidou para atuar em um trabalho, cuja sua função seria receber uma encomenda, guardar e depois repassar para a pessoa que iria buscar. Ele receberia R$ 100 pelo serviço.

Já o mandante disse que foi solicitado por uma pessoa para entregar as encomendas, sendo que na primeira vez recebeu R$ 20. Ele pegou uma caixa de isopor e entregou na Avenida Marquês de Pombal, só sabia que era remédio e foi comprado em nome de um médico de outro estado.

Em outra ocasião, novamente foi acionado pelo homem para fazer mais entregas e que ele lhe ofereceu dinheiro pela corrida. Ele aceitou o serviço de depois fez mais uma na condição de receber o mesmo valor. A polícia ainda procura pelo suposto contratante para entender o que seria feito com os medicamentos comprados.

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