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Fábio Piperno

Eleição coloca mitos e presidenciáveis em xeque

A menos que todas as pesquisas cometam erro histórico, a cidade de Salvador, uma das cinco maiores do país, deve reeleger o prefeito Bruno Reis (União Brasil).


A menos que todas as pesquisas cometam erro histórico, a cidade de Salvador, uma das cinco maiores do país, deve reeleger o prefeito Bruno Reis (União Brasil). A confirmação do prognóstico de todos os institutos resultará no quarto mandato consecutivo do grupo liderado pelo ex-prefeito ACM Neto, a quem Reis sucede. Tão certo quanto a força dos políticos do partido na capital da Bahia é a preferência dos soteropolitanos pelo presidente Lula no plano nacional. E então, o eleitor de Salvador é de direita ou de esquerda? Bom, pelo jeito depende do cargo em disputa. Na Bahia, como em quase todos os demais Estados onde se situam as cinco maiores cidades do país, a dúvida não se limita apenas ao perfil ideológico do eleitor.

A confiar nas pesquisas, a força dos governadores como cabos eleitorais realmente capazes de impulsionar seus preferidos também fica em xeque. A exceção fica por conta do Ceará, nos últimos anos reduto do PT. Na eleição em Fortaleza, a presença do candidato petista no turno final é bem provável, graças à reação nas duas últimas semanas. Mas em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e na citada Salvador o cenário é bem diferente e pouco generoso com os governadores.

Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes, apoiado pelo governador Tarcísio de Freitas, chega ao dia D em situação de indesejado tríplice empate com Guilherme Boulos e Pablo Marçal. No Rio de Janeiro, nem dá para dizer que o governador Cláudio Castro tenha candidato, embora o bolsonarismo tente emplacar o deputado federal Alexandre Ramagem. Na capital mineira, o governador Romeu Zema indicou a vice do deputado estadual Mauro Tramonte, que liderou todas as pesquisas até uma semana atrás, quando entrou em queda livre. Na capital baiana, o PT nem ousou lançar candidato por saber que seria fragorosamente derrotado.

O presidente Lula também pode sair chamuscado, o que ocorrerá caso Guilherme Boulos não avance ao turno final, hipótese não descartada. Mas no campo da direita as fissuras podem ser bem maiores. Nomes apontados como alternativas para a corrida presidencial em 2026, Tarcísio e Zema ficarão enfraquecidos caso seus candidatos fracassem nas capitais. Para os outros dois nomes apontados como possíveis alternativas caso a inelegibilidade de Bolsonaro seja confirmada o cenário não é muito melhor.

Em Curitiba, o governador Ratinho Júnior deverá emplacar seu preferido no segundo turno. O mesmo provavelmente ocorrerá com o candidato de Ronaldo Caiado em Goiânia. Mas nos dois casos, a disputa promete ser bem acirrada na segunda fase da eleição. E com resultados incertos.

E nessa situação, como ficará o ex-presidente Jair Bolsonaro? Bem, se em São Paulo até agora jogou parado, bem atento aos movimentos de Pablo Marçal, nas outras metrópoles do G-5 municipal por enquanto não tem muito a comemorar. Nem muito a temer em relação ao prestígio de eventuais rivais à direita, ainda sem musculatura suficiente para desafiar mitos.

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