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Intoxicação de cães: Governo determina o recolhimento de mais uma marca


O Ministério da , Pecuária e Abastecimento (Mapa) determinou o recolhimento de mais um produto para animais após os casos de intoxicação de cães por suspeita de comerem petiscos contaminados. Ao menos 54 mortes suspeitas são investigadas em todo o País. A pasta federal mandou tirar do mercado todos os alimentos específicos (bifinho, snacks, petiscos) e produtos mastigáveis de todas as linhas destinados a caninos da marca Petitos Indústria e Comércio de Alimentos fabricados entre janeiro e setembro deste ano.

Com isso, já são cinco as empresas que tiveram determinação do Ministério da Agricultura para recolhimento de seus produtos após detecção do uso de dois lotes de propilenoglicol contaminados com monoetilenoglicol (AD5035C22 e AD4055C21), fornecidos pela empresa Tecnoclean.

Além da Petitos, a Bassar Indústria e Comércio Ltda foi a primeira empresa a ter o recolhimento dos produtos determinados pelo ministério. Na semana passada, AA FVO Alimentos Ltda, a Peppy Pet Indústria e Comércio de Alimentos para Animais e a Upper Dog comercial Ltda também entraram na lista.

"As investigações, que continuam em andamento, indicam que esses produtos de alimentação animal foram destinados somente para o mercado interno. Para todos os lotes de alimentos suspeitos foram determinados recolhimento e todas as empresas envolvidas já foram fiscalizadas. As empresas foram interditadas", informou o comunicado do ministério.

A pasta também havia determinado anteriormente que as empresas registradas junto ao ministério suspendessem imediatamente o uso em suas linhas de produção desses dois lotes da matéria-prima propilenoglicol relacionadas a contaminação por monoetilenoglicol.

Conhecido também como etilenoglicol, esse produto tóxico é geralmente usado para refrigeração e encontrado em baterias, motores de carro e freezers ou geladeiras. Já o propilenoglicol é um insumo utilizado pelo setor industrial na fabricação de alimentos para humanos e animais. O uso é permitido desde que seja adquirido de empresas registradas.

"Até o momento, não existe diretriz do Ministério de suspender o uso de produtos que contenham propilenoglicol na sua formulação, além dos já mencionados", informou anteriormente o ministério.

Com sede em Pirassununga, no interior paulista, a Petitos Indústria e Comércio de Alimentos afirma que, assim como outros fabricantes, recebeu notificação cautelar do ministério determinando o recolhimento do mercado de consumo de todos os alimentos e produtos mastigáveis destinados a caninos. A empresa também tinha a Tecnoclean como uma de suas fornecedoras.

Antes da determinação, logo após o início da fiscalização do ministério, preventivamente, a empresa iniciou a retirada dos produtos dos pontos de vendas. A Petitos ressalta ainda a qualidade de seus produtos e que todos esses procedimentos são feitos em conformidade com as determinações do ministério. Para esclarecimentos, reclamações ou sugestões, o consumidor pode entrar em contato pelo e-mail sac@petitos.com.br.

Em nota, a Petz destacou "profunda consternação e total acolhimento aos tutores que de alguma forma foram vítimas deste grave incidente de contaminação de petiscos que afetou a cadeia produtiva" do setor pet.

"A empresa ressalta que adota rigorosos processos de controle de qualidade junto aos fornecedores e destaca que, antes mesmo da realização de laudos periciais conclusivos, retirou voluntariamente todos os produtos investigados da rede de lojas em todo o País", disse.

Segundo a rede, um canal de teleorientação com médicos veterinários especializados foi criado para orientar os tutores que adquiriram os produtos sob suspeita sobre os protocolos de saúde a serem seguidos. Ainda segundo a Petz, os produtos de marca própria Petz Stick e Petz Strip são fabricados pela Petitos e já foram retirados das lojas antes mesmo da determinação do ministério.

Veja a lista atualizada de produtos com recolhimento determinado pelo governo:

Da Petitos Indústria e Comércio de Alimentos devem ser recolhidos do mercado de consumo, em todo território nacional, todos os alimentos específicos (bifinho, snacks, petiscos) e produtos mastigáveis de todas as linhas destinados a caninos da marca fabricados entre janeiro e setembro deste ano.

Por precaução, a empresa disse que está recolhendo todos os itens produzidos a partir da data citada acima e não apenas os que utilizaram o propilenoglicol fornecido pela Tecnoclean, que estaria contaminado. Além disso, em nota, a Bassar divulgou no início de setembro que interrompeu a produção de sua fábrica em Guarulhos, na Grande São Paulo, até que sejam totalmente esclarecidas as suspeitas de contaminação.

Anteriormente, em 2 de setembro, o ministério já havia informado que os petiscos da Bassar Pet Food identificados com suspeita de contaminação eram o Every Day sabor fígado (lote 3554) e o Dental Care (lote 3467). O Grupo Petz também disse na ocasião ter retirado o petisco Snack Cuidado Oral Hálito Fresco dos pontos de vendas, fabricado pela Bassar Pet Food e que leva o nome da Petz na embalagem, assim como demais produtos da Bassar que eram vendidos nas lojas.

Em sua defesa, a Tecnoclean Industrial Ltda informou que adquiriu a substância propilenoglicol de uma importadora e a revendeu.

Procuradas pela reportagem, a Peppy Pet Indústria e Comércio de Alimentos para Animais e a Upper Dog comercial Ltda não se pronunciaram até o momento. No site da Peppy Pet, consta o telefone de atendimento ao consumidor (14) 3523-8706, já na página online da Upper Dog está o número (99) 3536-1418. Ambos dão fora de área ou ocupado.

Em nota, a Associação Brasileira da Indústria e Comércio de Ingredientes e Aditivos para Alimentos (Abiam) afirmou que todos os seus associados já foram informados da recomendação. Por sua vez, a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) disse que está ajudando o governo a dar publicidade sobre a origem da contaminação cruzada indicada, preliminarmente, como responsável pela hospitalização e morte de cães.

Casos investigados

As investigações envolvendo a morte de cães por suspeita de intoxicação após o consumo de petiscos continuam em andamento desde o fim de agosto quando começaram a surgir os primeiros casos relacionados com a intoxicação e morte de cães. Além de Minas e São Paulo, Distrito Federal, Rio, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Alagoas, Sergipe e Goiás têm relatos de casos. Ao menos 54 mortes suspeitas foram registradas em todo o País, segundo a Polícia Civil mineira, além de internações com quadro de falência renal. Só em Minas, eram 18 animais hospitalizados, conforme a última atualização.

Em nota, a Polícia Civil de informou nesta quinta-feira, 22, que as informações da investigação em curso serão divulgadas em momento oportuno, com o avanço dos trabalhos, assim como a conclusão do inquérito policial.

Em São Paulo, a Polícia Civil afirma que registrou, até o momento, onze ocorrências de cães intoxicados depois de terem ingerido petiscos na capital paulista e nos municípios de Guarulhos, Santos e Bragança Paulista.

Tutores devem permanecer atentos aos sintomas

Entre os principais sintomas identificados nos relatos dos tutores dos cachorros estão convulsão, vômito, diarreia e prostração. Se necessário, o tutor deve procurar auxílio veterinário o quanto antes, além de registrar a ocorrência na delegacia mais próxima.

É importante levar os petiscos que o pet comeu. Até o momento, todos os cachorros que passaram mal são de porte pequeno, entre eles, sptiz alemão, shih tzu e Yorkshire.

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