Sete jurados devem definir a partir da tarde desta quinta-feira (10) o destino de Paulo Cupertino por ter provocado a morte do ator Rafael Henrique Miguel e os pais dele, João Alcisio Miguel, tinha 52 anos, e a mãe, Miriam Selma Silva Miguel, 50. Todos foram assassinados em 9 de junho 2019, na zona sul de São Paulo. Cupertino não aceitava o relacionamento do artista com a sua filha, Isabela Tibcherani Matias. Mais de 20 testemunhas, entre as de acusação e de defesa, foram convocadas para participar do júri. Entre as depoentes, estão Isabela e sua mãe, Vanessa Tibcheriani de Camargo, de 44 anos. Para evitar constrangimentos, a filha e ex-mulher de Cupertino pediram que o depoimento fosse feito de maneira virtual, mas o apelo foi negado pelo juiz. Só que no momento em que elas estiverem falando, o réu será retirado do plenário.
Além de Cupertino, também serão julgados dois amigos do empresário. Eles teriam ajudado a escondê-lo depois do crime e atualmente respondem em liberdade. As três vítimas morreram na rua, próximo ao carro da família. Eles foram atingidos pelos disparos quando foram deixar Isabela na casa em que ela morava com a mãe, na Estrada do Alvarenga, no bairro Pedreira. Câmeras de segurança gravaram o momento que o artista e os pais foram atingidos. O assassino deu sete tiros em Rafael (um na cabeça, outro no peito, três nas costas e dois no braço esquerdo). João foi atingido por quatro disparos (um no peito, dois no braço esquerdo e outro no braço direito). E Miriam acabou baleada duas vezes (uma no peito e outra no ombro).
Cupertino ficou três anos foragido e chegou a se esconder em outros estados e países. Ele foi encontrado num hotel na capital paulista. Apesar das imagens e de ter fugido, ele nega que tenha sido o autor dos disparos. A previsão é que o julgamento se estenda até esta sexta-feira (11).