Você já se perguntou o porquê dos bichinhos de chuva?

Durante o inverno amazônico ou dias de chuvas fortes e prolongadas, como as que caíram nos últimos dias, os cupins de asas (Nasutitermes) saem em revoada para visitar algumas casas.

Foto: Karla Neto

Foto: Karla Neto

Durante o inverno amazônico ou dias de chuvas fortes e prolongadas, como as que caíram nos últimos dias, os cupins de asas (Nasutitermes) saem em revoada para visitar algumas casas. São os "bicinhos de chuva".

Esses insetos saem para o acasalamento e para criar uma nova colônia. Porém, o voo não dura muito além do acasalamento e é quando os incômodos seres, facilmente atraídos pelo calor e luz de lâmpadas acesas, perdem as asas. Para muita gente, são chatos, mas não causam mal nenhum além de comer madeira. Em todo o mundo existem mais de três mil espécies e 280 delas estão na Amazônia.

Os cupins são sempre vistos como vilão, porque são pragas e comem madeira. Porém, são mais benéficos do que fazem mal. Eles decompõem a matéria orgânica em florestas, em parques, comem as folhas e promovem a aeração do solo. Não há qualquer motivo para ter medo deles.

É bem comum encontrá-los rodando postes de iluminação. No entardecer, com o acendimento das luzes nas casas, os insetos são atraídos para dentro devido ao contraste entre a luz interna e a escuridão externa, o que os desorienta e os faz entrar pelas janelas abertas.

As lâmpadas incandescentes são responsáveis por atrair insetos durante a noite. Isso acontece porque elas emitem luz em comprimentos de onda agradáveis aos insetos e irradiam mais calor no ambiente. Se em sua residência ainda existem lâmpadas antigas, faça a troca por lâmpadas de LED.

Os 'bichinhos de luz' podem infestar ambientes urbanos ou rurais e a bióloga explica que eles podem causar danos. "Eles são bem adaptáveis aos meios urbanos ou rurais e podem causar problemas sérios nas casas. Os cupins não causam doenças diretas às pessoas, mas a produção de seus resíduos podem causar reações alérgicas em pessoas sensíveis", alerta.

Além das alergias, os 'bichinhos de luz' podem acarretar outros prejuízos. 'Ainda sobre os problemas, podem causar danos à madeira dos móveis e telhados, instalações, paredes e até interior de eletrodomésticos abandonados.

Esses cupins de asas possuem nariz em forma de bico e as asas só surgem quando estão maduros o suficiente para começarem uma nova colônia em um novo lugar. Após o acasalamento, durante o voo, e a perda das asas, a fêmea pode gerar uma ninhada que vai de mil a dez mil filhotes de Nasutitermes.

O acasalamento precisa de um local com madeira e, por isso, a colônias costumam se formar no telhado ou outros locais onde há predominância e madeira. Pelo chão, é possível ver os resultados do momento íntimo: as várias asinhas perdidas.

Como muitos insetos e outros animais que hoje são flagrados em áreas urbanas, os Nasutitermes antes habitavam florestas e a zona rural. O desmatamento e avanço humano sobre as áreas verdes fizeram com que esses cupins tivessem de procurar novos lares, como explica a entomologista.

Por serem um incômodo para muita gente, são gatilhos de fobias ou causam estragos ao comer a madeira da casa, Jardim adianta (sem muitos detalhes) que há estudos sobre o uso de pimenta de macaco no combate a esses insetos. Mas não adianta testar todos os métodos e simpatias. Não é fácil afastar esse insetos sem inseticida.

Entre métodos comumente usados está a aplicação de querosene na peça de madeira afetada (pode aumentar riscos de incêndio e intoxicação aérea), mas não possui qualquer eficiência como inseticida. Colocar água numa bacia e deixar uma luz ligada no ambiente também não resolve nada. "Quando vir esses cupins voando, a prevenção é fechar as janelas e desligar as luzes, porque essa luz artificial atrai