Os deputados estaduais de Mato Grosso do Sul podem apresentar projeto para tentar estabelecer eleição única para escolha de vereador, deputado, senador, prefeito, governador e presidente em todo o Brasil.
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O assunto foi levado ao plenário pelo deputado estadual Junior Mochi (MDB), que criticou as dificuldades impostas pela eleição, pontuando que não se pode transferir recursos para municípios e muitas obras ficam paralisadas.
O deputado ressaltou que é possível a tramitação de um projeto de eleição unificada, desde que a metade das assembleias do País aprove a mudança, com manifestação da maioria dos membros de cada Casa de Leis. Na avaliação de Mochi, se perguntar para dez eleitores, dez vão dizer a mesma coisa, que não aguentam mais processo eleitoral de dois em dois anos.
O presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), também defendeu a eleição unificada, sugerindo que os deputados apenas definam se a eleição será de cinco em cinco ou de seis em seis anos. Além disso, sugeriu que seja aprovado o fim da reeleição.
O deputado Zeca do PT se posicionou contra a manifestação dos colegas, com uma justificativa curiosa. O deputado disse que não assinará a PEC porque a eleição de dois em dois anos ajuda na redistribuição de renda, afirmando que a direita compra voto. "Deixa distribuir renda para o povo mais pobre. Andei estado inteiro nesta eleição, dizendo que se vereador oferecer dinheiro, para não aceitarem R$ 50, mas pedir R$ 200 e votar em outro", declarou, destacando que a eleição é salutar por mais esdrúxula que pareça. Depois, o deputado voltou a se posicionar, informando ter dúvidas de que a eleição unificada resolverá problemas no processo eleitoral.
A deputada Gleice Jane (PT) também se posicionou contra o projeto, salientando que o povo mais pobre só tem políticas públicas em período eleitoral, quando também acontecem as políticas de valorização da educação.
O deputado Lídio Lopes também se manifestou favorável à PEC, alegando que a população não aguenta mais emendar uma campanha na outra. Ele citou como exemplo o fato de 26% do eleitor não ter comparecido às urnas na eleição deste ano.
Foto: Luciana Nassar/Assembleia