Padrões definidos seguem as orientações da Organização Mundial da Saúde
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta quarta-feira (16), a composição das vacinas contra a gripe (influenza) que serão utilizadas no Brasil em 2025.
A atualização das cepas do vírus é essencial para garantir a eficácia das vacinas, uma vez que o influenza sofre mutações frequentes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) acompanha continuamente os subtipos do vírus que estão em maior circulação para ajustar as recomendações de imunização.
Todos os anos, a Anvisa divulga as novas composições das vacinas conforme as orientações da OMS para o hemisfério sul. Isso é necessário devido à alta capacidade de mutação do vírus influenza, que pode comprometer a eficácia das vacinas se as cepas não forem atualizadas.
Composição das Vacinas
As vacinas trivalentes, que protegem contra três tipos de vírus, em 2025 serão compostas por:
As vacinas quadrivalentes, que incluem um segundo tipo de influenza B, terão, além dessas cepas, o vírus influenza B/Phuket/3073/2013 (linhagem B/Yamagata).
Já para vacinas produzidas em cultura celular ou recombinantes, a composição será ligeiramente diferente, com a inclusão do vírus A/Wisconsin/67/2022 (H1N1)pdm09 e A/District of Columbia/27/2023 (H3N2).
Atualização da RDC 616/2022
Este ano, a Anvisa também propôs uma atualização da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 616/2022, permitindo, em caráter excepcional, o uso de vacinas baseadas nas recomendações do hemisfério norte. Isso será possível apenas em campanhas específicas, determinadas pelo Ministério da Saúde, em regiões onde o perfil epidemiológico for distinto do restante do país.
As vacinas trivalentes para o hemisfério norte deverão conter:
A diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, destacou a importância da atualização constante das vacinas, afirmando que essa adaptação garante campanhas de vacinação mais eficazes e contribui para a redução da morbidade e mortalidade associadas à gripe.
Como as cepas são definidas?
A definição das cepas a serem incluídas nas vacinas é realizada pela OMS, através do WHO Global Influenza Surveillance and Response System (GISRS). Análises epidemiológicas e consultas com especialistas ajudam a determinar quais cepas estão mais propensas a circular em cada hemisfério, assegurando que as vacinas ofereçam proteção adequada. A recomendação para o hemisfério sul em 2025 foi publicada em 27 de setembro e está disponível no site da OMS.