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Dracco: Operação contra esquema de fraude fiscal no setor de bebidas alcoólicas é deflagrada em MS

Organização criminosa teria movimentado R$ 21 milhões em 18 meses, aponta investigação

Por Midia NAS em 22/10/2024 às 16:18:12
Local alvo da operação - Foto: Polícia Civil/Divulgação

Local alvo da operação - Foto: Polícia Civil/Divulgação

Uma organização criminosa que fraudava um esquema de venda de bebidas alcoólicas foi alvo da "Operação Última Dose" deflagrada pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) e Sefaz (Secretaria de Fazenda do Estado), nesta terça-feira (22). Ao todo, cinco mandados foram cumpridos, três no Mato Grosso do Sul, um em Goiás e outro em São Paulo.

De acordo com o Dracco, a operação mira desmantelar uma organização criminosa envolvida em um esquema de fraude fiscal estruturada no setor de bebidas alcoólicas destiladas. A ação visa dar fim a um ciclo de fraudes que resultou em um prejuízo estimado de R$ 18 milhões aos cofres públicos do Estado.

No âmbito da operação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão: três no Estado de Mato Grosso do Sul, na cidade de Paranaíba, um em Itajá (GO) e outro em São José do Rio Preto (SP). Esses mandados visam coletar mais provas e informações que ajudem a desarticular o esquema criminoso.

Estiveram envolvidas na operação além de policiais civis do Dracco, e servidores da Sefaz, policiais civis da Delegacia Regional de Paranaíba e SIG (Seção de Investigações Gerais) de Aparecida do Taboado, Delegacia de Polícia de Itajá (GO), 14ª Delegacia Regional de Polícia de Jataí (GO) e 1° DIG/GOE-DEIC-DEINTER 5 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior) de São José do Rio Preto (SP).

Momento das buscas e apreensões - Foto: Polícia Civil/Divulgação

Investigação

As investigações foram iniciadas a partir de dados levantados pela Sefaz do Mato Grosso do Sul, por meio dos quais revelaram que uma empresa estava adquirindo mercadorias de "empresas noteiras", responsáveis pela emissão de notas fiscais fraudulentas. A empresa movimentou cerca de R$ 21 milhões em mercadorias ao longo de 18 meses, apesar de seu capital social ser de apenas R$ 50 mil, o que levantou suspeitas quanto à legalidade de suas operações.

A operação também identificou fortes ligações entre a empresa investigada e uma outra entidade previamente envolvida em fraudes fiscais, sugerindo uma continuidade das operações fraudulentas. Além disso, durante as apurações, os policiais civis do Dracco detectaram movimentações financeiras atípicas, que indicam a possível prática de lavagem de dinheiro.

Local alvo da operação - Foto: Polícia Civil/Divulgação

A "Operação Última Dose" busca elucidar a rede criminosa envolvida no esquema, com foco na recuperação dos valores desviados e na responsabilização dos envolvidos, que poderão responder por crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e organização criminosa, sem prejuízo de outros.

As investigações continuam em andamento, com o apoio da Sefaz e de unidades da Polícia Civil de Minas Gerais e São Paulo, além da Delegacia Regional de Paranaíba, visando o completo desmantelamento da fraude estruturada.

Operação Última Dose foi deflagrada pelo Dracco e Sefaz - Foto: Polícia Civil/Divulgação
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