Policiais Federais apreenderam mais de R$ dois milhões na residência de um dos cinco desembargadores afastados nesta manhã, durante a Operação Última Ratio.
Os nomes não foram divulgados até o momento, mas a reportagem apurou que a polícia teve muito trabalho para contar o total de R$ 2,7 milhões.
Afastamento
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) foi oficiado da operação nesta quinta-feira e confirmou o afastamento do conselheiro Osmar Jeronymo, que também teve o celular apreendido. Com isso, quatro, dos sete conselheiros da instituição estão fora do cargo.
O caso
A Operação Ultima Ratio tem o objetivo de investigar possíveis crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.
Os policiais saíram do tribunal com um malote fechado, após visitarem seis gabinetes, incluindo dos cinco desembargadores afastados: Sérgio Martins (atual presidente), Sideni Sonsini (presidente eleito), Wladimir de Abreu, Alexandre Bastos e José Marco de Brito.
Nota do TJMS
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul vem comunicar ao público que o Ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça, no âmbito de investigação que corre naquela Corte, ainda sigilosa, determinou medidas direcionadas exclusivamente a alguns Desembargadores, magistrado e servidores deste Tribunal, as quais estão sendo regularmente cumpridas, sem prejuízo a quaisquer dos serviços judiciais prestados à população e que não afetam de modo algum os demais membros e componentes da Justiça Sul-mato-grossesse.
Os investigados terão certamente todo o direito de defesa e os fatos ainda estão sob investigação, não havendo, por enquanto, qualquer juízo de culpa definitivo.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul seguirá desenvolvendo seu papel de prestação jurisdicional célere e eficaz, convencido de que aos Desembargadores, magistrado e servidores referidos, será garantido o devido processo legal.