O dólar renovou mínima intradia a R$ 5,66 perto do fechamento e passou a ceder ante o real no período da tarde. Operadores mencionam que o mercado embute maior chance de que o governo anuncie medidas de contenção de despesas após as eleições municipais, marcadas para este fim de semana, após coletiva conjunta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no G20 reforçar o arcabouço fiscal e mencionar que os preços de mercado “estão exagerados”.
O câmbio também teve apoio do exterior, em que a divisa americana cedeu tanto ante pares fortes quanto em relação à maioria das moedas emergentes e exportadoras de commodities. No segmento à vista, o dólar fechou em queda de 0,53%, a R$ 5,6629. Às 17h20, o contrato para novembro registrava queda de 0,39%, a R$ 5,6680. O DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes fechou em queda de 0,36%, aos 104,058 pontos.
Pela manhã, o câmbio era pressionado por uma maior cautela fiscal e pela desancoragem das expectativas de inflação, reforçada pelo avanço de 0,54% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) em outubro. Na primeira etapa do pregão, o dólar também ganhava terreno em relação a outras divisas emergentes ligadas a commodities, em meio à perda de força do petróleo e no contexto de preocupações com as eleições nos EUA. Depois de subir por toda a manhã, o dólar inverteu o sinal à tarde após coletiva de Haddad com Campos Neto.
Publicado por Carolina Ferreira
*Com informações do Estadão Conteúdo