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Pecuária cresce no Pantanal e consolida setor como o que mais gera empregos

Cadeia produtiva representa 76% do número de pessoas ocupadas nos 9 municípios que contemplam o bioma

Por Midia NAS em 06/11/2024 às 10:22:43
Comitiva conduz boiada por área alagada no Pantanal; região tem 20% do rebanho bovino de MS. (Foto: Divulgação/Famasul)

Comitiva conduz boiada por área alagada no Pantanal; região tem 20% do rebanho bovino de MS. (Foto: Divulgação/Famasul)

Nota técnica divulgada nesta terça-feira, 5, pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) mostra que no aspecto socioeconômico, o Pantanal é responsável por 23% da riqueza gerada no Estado. Tendo como principal base econômica a pecuária de corte, a atividade da região cresceu nos últimos 10 anos, consolidando o município de Corumbá como detentor do segundo maior rebanho bovino do País, só ficando atrás de São Felix do Xingu (PA).

Com mais de 278 mil habitantes, as nove cidades situadas na região pantaneira (Sonora, Rio Verde de MT, Coxim, Porto Murtinho, Corumbá, Miranda, Aquidauana, Bodoquena e Ladário) representam 10% da população de MS (IBGE, 2022). Só no campo, são 45 mil habitantes (IBGE, 2010).

Entre as atividades que mais geram emprego estão a bovinocultura de corte e o cultivo de cana-de-açúcar. Em 2023, Mato Grosso do Sul possibilitou a ocupação de 90.244 pessoas, sendo 13.158 apenas no Pantanal. A pecuária de corte ocupa o primeiro lugar no ranking de pessoas ocupadas no Pantanal sul-mato-grossense, representando 76,18% do total. O faturamento das atividades que se destacam na geração de emprego totaliza R$ 3,21 bilhões.

A pecuária é a principal atividade do bioma e está presente no Pantanal há mais de 200 anos, tendo destaque a bovinocultura de corte extensiva, que acontece em harmonia com a natureza em áreas privadas, com 84% ainda preservadas com vegetação nativa.

Corumbá tem 2º maior rebanho do País

O município de Corumbá é o detentor do segundo maior rebanho de bovinos do Brasil, ficando atrás apenas do município de São Félix do Xingu, no Pará. Em 2023 superou 2,1 milhões de cabeças, representando 38,8% do rebanho do bioma Pantanal e ocupando o primeiro lugar. A região pantaneira representa 29,29% do efetivo do Estado, com mais de 5,4 milhões de animais. Aplicando o índice da área do território do município que está no bioma Pantanal, o número de animais representa 20,56% do rebanho de MS.

No bioma Pantanal, entre 2014 e 2023, a pecuária registrou aumento de 3% na área de pasto, alta de 8% no rebanho bovino e produtividade de 0,84 cabeças por hectare que representou aumento de 5% no período.

A relevância da pecuária bovina para o desenvolvimento da região pantaneira é incontestável, mas existem outras atividades da pecuária que contribuem para a geração de renda nos municípios do bioma. A criação de ovinos se destaca em Corumbá, o município ocupa o primeiro lugar no ranking estadual com maior rebanho, 14.996 cabeças. Aquidauana e Porto Murtinho, ocupam segundo e o quarto lugar, respectivamente. Na criação de suínos, o destaque é para Rio Verde de Mato Grosso, que ocupa a oitava posição no rebanho estadual, com perspectivas reais de crescimento na suinocultura com a ampliação no plantel de matrizes.

Segundo pesquisa do IBGE, o município de Corumbá mantém destaque também com o maior efetivo de equinos do País, com 36.071 cabeças.

O bioma

O Pantanal é uma das maiores áreas úmidas do mundo, reconhecido internacionalmente por sua biodiversidade única e importância ambiental, desempenhando também um papel fundamental na economia local e nacional, com atividades como a pecuária sustentável, o turismo ecológico e a pesca.

O bioma Pantanal ocupa aproximadamente 2% do território nacional. Em Mato Grosso do Sul ocupa uma área de aproximadamente 9,73 milhões de hectares, ou seja, aproximadamente 64% da área total do Bioma está localizada no Estado, correspondendo ainda a 27% do território estadual. 

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