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Gaeco começa a ouvir envolvidos em operação que tem deputado como suspeito

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), começa a ouvir, nesta segunda-feira, as testemunhas de acusação da Operação Successione, que tem como um dos envolvidos o deputado estadual Neno Razuk (PL).


O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), começa a ouvir, nesta segunda-feira, as testemunhas de acusação da Operação Successione, que tem como um dos envolvidos o deputado estadual Neno Razuk (PL).

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A operação investiga disputa pelo controle do "jogo do bicho" em Campo Grande, com a chegada de novos grupos criminosos que migraram para a Capital após a "Operação Omertà".

Na primeira fase da operação, no dia 5 de dezembro, foram cumpridos 10 mandados de prisão temporária e 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande/MS e Ponta Porã/MS. Entre os alvos, o deputado Neno Razuk, quatro assessores parlamentares (entre os quais dois são policiais militares da reserva) e outras oito pessoas vinculadas à organização criminosa.

Na segunda fase, foram cumpridos 12 (doze) mandados de prisão preventiva e 4 (quatro) mandados de busca e apreensão, na cidade de Campo Grande/MS. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

Segundo o Gaeco, a partir do material na primeira fase, foi possível identificar o envolvimento de várias outras pessoas na organização criminosa.

"Segundo levantamentos, a organização criminosa, que age de maneira violenta para estabelecer seu domínio, mesmo depois da ação policial ocorrida em outubro de 2023, continuou a investir na aquisição de máquinas para operar o jogo do bicho nesta Capital. A organização é integrada por policiais militares da reserva e de 1 (um) ex-policial militar (excluído dos quadros da corporação), que se valiam de sua condição, especialmente do porte de arma de fogo, como forma de subjugar a exploração do jogo ilegal aos mandos e desmandos da organização criminosa, tudo para tornar Campo Grande novo território sob seu comando", diz nota do Ministério Público.

Ainda segundo o Gaeco, 15 pessoas, cada qual a sua maneira, integravam organização criminosa armada, estruturalmente ordenada e com divisão de tarefas, voltada à exploração ilegal do jogo do bicho, roubos triplamente majorados, corrupção, entre outros crimes graves.

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