A auditoria da Controladoria-Geral da União revela dificuldades para comprovar gastos com verbas do chamado orçamento secreto. O levantamento indicou indícios de mau uso de recursos públicos e impossibilidade de comprovar que o dinheiro recebido tenha realmente sido gasto conforme declaração, principalmente na área da saúde.
CLIQUE AQUI PARA SEGUIR O INVESTIGAMS NO INSTAGRAM
O Município de Vicentina, a 250 km de Campo Grande, administrado por Marquinhos do Dedé (PSDB), está na lista feita pela CGU como um dos destaques negativos.
A prefeitura recebeu mais de R$ 12 milhões em verbas do orçamento secreto. Uma delas, de R$ 245 mil, do Ministério da Saúde, por ordem do Congresso, para a compra de equipamentos.
Segundo a CGU, a prefeitura não tinha como comprovar como gastou o dinheiro e disse ter usado para comprar cinco veículos, que depois teria sido leiloado. Ocorre que o município não justificou o porquê do leilão".
“Solicitou-se ao município a apresentação da justificativa/motivação para a alienação dos veículos e da documentação comprobatória referente ao leilão realizado. Porém, apesar da solicitação ter sido reiterada, as justificativas para a alienação dos veículos e a documentação comprobatória da sua utilização em atividades relacionadas às ações de saúde não foram apresentadas”, declarou a CGU.
O orçamento secreto foi suspenso pelo Supremo Tribunal Federal, pelo ministro Flávio Dino, porque o Congresso não conseguiu estabelecer regras mínimas de transparência para o uso do recurso.
Foto: divulgação/CGU