Após atentado em Brasília, segurança na capital fluminense foi reforçada para receber as mais de 50 delegações internacionais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai cumprir agenda, nos próximos dias, no Rio de Janeiro (RJ). Entre as atividades previstas, estão reuniões bilaterais com diversos chefes de Estado e a cúpula dos líderes do G20, o grupo que reúne as principais economias do mundo. Após atentado em Brasília, a segurança na capital fluminense foi reforçada para receber as 56 delegações internacionais.
Neste sábado (16), Lula vai se reunir, de forma bilateral, com o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres. No mesmo dia, o presidente vai participar da cerimônia de encerramento da cúpula do G20 Social, que inclui, pela primeira vez na história do organismo, participação da sociedade civil organizada e idealizada pelo brasileiro.
O G20 Social produz debates, conversas, mesas temáticas, grupos de engajamento e demais frentes de atuações. O Brasil apresentou feiras com três temáticas: sustentabilidade, combate à fome e cultura dos povos. De acordo com a Secretaria-Geral da Presidência da República, ao todo são 180 barracas, das quais 30 com produções indígenas.
A partir das 17h, Lula vai participar do Aliança Global Festival, cuja entrada é gratuita, na Praça Mauá. O festival faz parte da programação do G20 e seu objetivo é a luta contra a fome e a pobreza. O evento vai contar com grandes artistas brasileiros, como Seu Jorge, Ney Matogrosso, Maria Rita, Daniela Mercury e Zeca Pagodinho. A agenda é capitaneada pela primeira-dama Janja da Silva.
No domingo (17), Lula vai se reunir com outros chefes de Estado e participar da plenária do Urban 20, temática destinada aos prefeitos. "O evento receberá prefeitos e delegações de mais de 100 cidades para debates sobre soluções urbanas e o futuro das cidades, em meio aos desafios climáticos", diz a pasta federal. O governo brasileiro negocia com demais países, mas o petista deve se reunir com Emmanuel Macron (França), Giorgia Meloni (Itália), Shigeru Ishiba (Japão), Keir Starmer (Reino Unido).
Finalmente, na segunda-feira (18), Lula vai presidir a reunião de líderes do G20, a agenda mais importante no Rio de Janeiro. "Na sequência da chegada dos líderes pela manhã, inicia-se a primeira das três sessões substantivas principais. As três reuniões correspondem, cada uma, às três prioridades que o presidente estabeleceu para a cúpula: inclusão social e luta contra a fome e a pobreza, reforma da governança global e transição energética e desenvolvimento sustentável."
Na terça-feira (19), ocorre a terceira e última sessão dos líderes para discutir o desenvolvimento sustentável e transição energética, seguida da sessão de encerramento. Neste momento, está prevista a transmissão da presidência do Brasil para a África do Sul, que vai comandar o G20 a partir de 1º de dezembro. No mesmo dia, Lula se reúne com outros líderes globais e deve conceder uma entrevista à imprensa.
O G20 é formado por África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Europeia e União Africana. O grupo responde por cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e dois terços da população mundial.
Segurança do G20
Na última quarta-feira (13), o chaveiro Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu após atentar contra o prédio do STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília. As principais autoridades do país dizem que o fato não é isolado e as investigações buscam entender se há relação com os atos antidemocráticos de 8 de Janeiro de 2023.
Após o episódio, a segurança do Rio de Janeiro foi reforçada para receber os chefes de Estado das 56 delegações que comparecerão à cúpula do G20. Entre as forças responsáveis pelo patrulhamento da cidade, está a Marinha do Brasil, que deve cuidar dos pontos de encontro das reuniões, das linhas expressas e dos percursos dos líderes mundiais.
Fonte: R7