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Após operação da PF, deputados de MS pedem prisão de Bolsonaro

Deputados estaduais da bancada do PT na Assembleia Legislativa se manifestaram sobre a Operação da Polícia Federal nesta terça-feira, para desarticular organização criminosa responsável por ter planejado um golpe de Estado para impedir a posse de presidente e vice eleitos.


Foto: Investiga MS

Deputados estaduais da bancada do PT na Assembleia Legislativa se manifestaram sobre a Operação da Polícia Federal nesta terça-feira, para desarticular organização criminosa responsável por ter planejado um golpe de Estado para impedir a posse de presidente e vice eleitos. Durante pronunciamentos, os deputados chegaram a pedir a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O assunto foi levado ao plenário pela deputada Gleice Jane (PT), que avaliou o caso como sério e perigoso para democracia. "Se queremos ordem e progresso, é preciso defender a democracia", declarou.

A deputada disse que há uma falta de inteligência que leva as pessoas a não refletirem sobre suas ações e um movimento da extrema direita que consegue convencer as pessoas até a tirarem a própria vida.

O deputado Zeca do PT acrescentou que o movimento que repudiava a possibilidade de anistia aos envolvidos na invasão ao Congresso, agora incluem o pedido de "Bolsonaro na prisão".

O deputado Pedro Kemp (PT) declarou que causa indignação o fato de Bolsonaro ainda nem ter se tornado réu, ainda que "todo dia apareça uma denúncia dando conta que as coisas estavam sendo articuladas no gabinete do ódio. Fica claro que Bolsonaro tem responsabilidade nesta tentativa de um golpe no Brasil".

O deputado pontuou que é necessário colocar um fim nesta história, prendendo quem articulou tudo. "Hoje, qualquer bolsonarista maluco se acha no direito de jogar uma bomba no Congresso ou no STF", criticou o deputado, defendendo a prisão de Bolsonaro e veto à anistia.

Operação

Operação da PF nesta terça mira um grupo que teria feito um planejamento operacional, denominado "Punhal Verde e Amarelo", que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio dos candidatos à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, bem como do ministro Alexandre de Moraes.

Segundo a PF, as investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE).

Os policiais cumpriram cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas da prisão.

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