Um grupo criminoso que estava explorando garimpos ilegais na Terra Indígena Munduruku, no Pará, foi alvo de ação da Polícia Federal neste final de semana.
Os agentes trabalharam juntos com outras forças de segurança para proteção do território onde vivem mais de 9 mil pessoas, nos municípios de Jacareacanga e Itaituba, perto da divisa com Mato Grosso e Amazonas.
A operação policial teve coordenação da Casa Civil; contou com a participação de 20 órgãos federais; e atendeu a uma determinação do Supremo Tribunal Federal.
Desde o último dia 9, já foram apreendidos e destruídos equipamentos usados nas atividades criminosas, como motores e a estrutura logística. Também foram realizadas autuações, interdições e apreensão de mais combustível.
Em paralelo, durante o mês de novembro, a Secretaria de Saúde Indígena, do Ministério da Saúde, realizou uma série de atendimentos a crianças indígenas com a saúde agravada pela exposição ao mercúrio, elemento químico usado pelos garimpos e que é altamente tóxico para o sistema nervoso. Essa ação contou com profissionais da Universidade de Harvard, da Fiocruz e da Universidade de São Paulo.
Com o material coletado, vai ser possível um melhor planejamento familiar e aprimoramento do acompanhamento das crianças, de forma permanente.
A Terra Indígena Munduruku foi demarcada há 20 anos e é uma das áreas mais impactadas pelo garimpo ilegal, desmatamento, e a contaminação dos rios por mercúrio.
Meio Ambiente Ação conjunta protege território Munduruku e seus 9 mil habitantes São Luís (MA) 25/11/2024 - 13:20 Samia Mendes/ Patrícia Serrão Gabriel Correa - Repórter da Rádio Nacional Munduruku segunda-feira, 25 Novembro, 2024 - 13:20 88:00