Dourados : Sobrinho que armou tocaia para assassinar tio vai a júri popular no dia 10
Sauro Henrique Teixeira da Silva, de 32 anos, e Gustavo Rodrigues de Souza, de 23 anos, serão julgados pelo Tribunal do Júri na próxima terça-feira (10), em Dourados, acusados do assassinato de Veríssimo Coelho dos Santos, de 61 anos, ocorrido em 31 de março de 2021.
Sauro Henrique Teixeira da Silva, de 32 anos, e Gustavo Rodrigues de Souza, de 23 anos, serão julgados pelo Tribunal do Júri na próxima terça-feira (10), em Dourados, acusados do assassinato de Veríssimo Coelho dos Santos, de 61 anos, ocorrido em 31 de março de 2021. O crime, que chocou a cidade pela brutalidade e pelo envolvimento familiar, aconteceu na chácara de Sauro, no bairro Sitioca Campina Verde, e envolveu premeditação e frieza -relembre aqui-.
De acordo com documentos judiciais, Sauro era sobrinho-neto de Veríssimo por 'consideração', mantinha um relacionamento próximo com a vítima devido aos laços familiares e à convivência profissional, já que ambos atuavam no ramo de transportes, realizando fretes. Inclusive, meses antes do crime Veríssimo transferiu uma de suas carretas para o nome de Sauro.
No dia do crime, os dois foram até a chácara de Sauro e chegaram a convidar outras pessoas para um churrasco, mas ninguém compareceu, deixando apenas os dois no local.
Aproveitando a situação, Sauro decidiu executar o plano que vinha arquitetando: matar o tio. Para isso, contou com a colaboração de Miguel Sérgio Ovando, caseiro da propriedade, e Gustavo Rodrigues de Souza, contratado para serviços eventuais. Dias antes do crime, Sauro havia combinado com Gustavo que este executaria o assassinato em troca da posse definitiva de uma pistola calibre .380, que seria utilizada no homicídio.
Na tarde dos fatos, Sauro entrou em contato com Gustavo, comunicando que era chegada a hora de executar o plano. A vítima foi golpeada na cabeça com uma barra de ferro, sufocada com uma capa de sofá e, posteriormente, colocada dentro de sua caminhonete Silverado. Gustavo, por ordem de Sauro, efetuou 18 disparos contra o corpo para simular um atentado.
Após o assassinato, os envolvidos descartaram objetos relacionados ao crime, como a barra de ferro, roupas ensanguentadas e o celular da vítima, em diferentes locais. Parte desses itens foi localizada pela Polícia Civil com base no depoimento de Gustavo, que revelou detalhes sobre o homicídio durante as investigações.
O júri popular decidirá o destino dos réus no dia 10 de dezembro.