Alvo da Polícia Federal liberou gasolina para 50 pessoas e não foi eleito
Alvo da Operação Forfait, realizada pela Polícia Federal, a pedido do Ministério Público, recebeu apenas 187 votos e não ficou nem como suplente para eleição no Município de Iguatemi.
Alvo da Operação Forfait, realizada pela Polícia Federal, a pedido do Ministério Público, recebeu apenas 187 votos e não ficou nem como suplente para eleição no Município de Iguatemi.
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O alvo da operação foi Clevson Pangaré, que é dono de uma garagem de carros no Município. O Partido Progressista, por onde ele concorreu, não atingiu votos suficientes para eleger vereadores na Câmara.
Clevson foi o segundo mais votado, com 187 votos, atrás de Mary (PP), também não eleita, com 208 votos. O mais votado no Município, Jesus (PSDB), teve 619 votos e o eleito com menos votos, Celsinho do Esporte (Cidadania), 264 votos.
Segundo o promotor de Justiça Fábio Adalberto Cardoso de Morais, que atua no caso, o Ministério Público recebeu uma denúncia informando que, em setembro, várias pessoas aguardavam em um posto de combustíveis de Iguatemi para assinar notas referentes ao abastecimento de seus veículos, mas em nome e às custas de um candidato a vereador naquele município.
Consta das investigações que mais de 50 pessoas teriam abastecido seus veículos assinando notas em nome do candidato, sem que este informasse às autoridades competentes sobre quaisquer eventuais carreatas ou doações de combustível.
A ação caracteriza o delito de compra de votos, segundo o art. 299 do Código Eleitoral: "Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita".
O crime prevê reclusão de até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa. Durante a operação a polícia apreendeu 62 mil reais em espécie, dois celulares e uma pistola legalizada.