Fim da Secretaria de Juventude gera polêmica e PP pode perder voto na Câmara

A reforma administrativa proposta pela prefeita Adriane Lopes (PP) deve render muitas manifestações na sessão desta terça-feira na Câmara de Campo Grande.

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Professores, artistas e lideres da juventude estão organizando manifestação. A revolta é grande ao ponto de a prefeita correr risco até de perder voto de vereador do próprio partido na votação para escolha da próxima mesa diretora da Câmara.

O vereador eleito e ex-secretário de Juventude, Maicon Nogueira (PP), é contrário à proposta que acaba com a secretaria, que inclusive nem foi inserida no novo organograma.

"Não abro mão de defender os interesses das juventudes e a única proposta que posso concordar é com o fortalecimento da Sejuv, qualquer coisa contrária a isso, não contem comigo. Espero que o Executivo apresente uma boa proposta e se essa proposta não for de interesse dos jovens, que a Câmara não vote sem antes ouvir a juventude", declarou.

O vereador vai ao Paço Municipal nesta terça, antes de seguir para Câmara, onde participará de manifestação. Ele não descarta, inclusive, fazer protesto contra a mudança na votação para escolha da mesa diretora.

"Ou tratam a pauta com o respeito que ela merece ou terão problemas comigo. Problemas no sentido de contar comigo para outros assuntos também, inclusive mesa diretora", afirmou.

A SEJUV foi criada em 23 de setembro de 2021, e em 09 de março de 2022 a Lei nº 6.787
foi aprovada, instituindo o PLANO MUNICIPAL DA JUVENTUDE, com vigência de 10 anos a
contar da data que a Lei entrou em vigor.

Um grupo de lideranças jovens também se articula para protestar amanhã na Câmara, em um manifesto que tem assinatura da vereadora Luiza Ribeiro (PT) e do vereador eleito, Jean Ferreira (PT). Eles reivindicam criação de um fundo para juventude e permanência da secretaria.