O presidente estadual do Partido Liberal (PL), Aparecido Andrade Portella, militar da reserva e suplente da senadora Tereza Cristina (PP), foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito que apura tentativa de golpe no País.
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Segundo a investigação, Portela atuou como intermediário entre o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os financiadores das manifestações antidemocráticas, visitando o Palácio por 13 vezes no período.
Portela ficou em silêncio no depoimento à Polícia federal, que apresentou vários diálogos dele com Mauro Cid, delator da investigação .
"Os elementos de prova indicam que PORTELA atuou como um intermediário entre o governo do presidente JAIR BOLSONARO e financiadores das manifestações antidemocráticas residentes no estado do Mato Grosso do Sul. No final do ano, PORTELA era um frequentador assíduo do Palácio da Alvorada, visitando o então presidente da República constantemente", diz relatório da Polícia Federal.
Nos diálogos, Tenente Portela cobra a "realização de um churrasco", que seria o codinome usado para se referir ao golpe de Estado.
"Cel., o pessoal esta em cima de mim aqui, infelizmente vou ter que devolver a parte desse pessoal, minha vida esta um inferno. Se eu tivesse como arcar parcelado, mas estou sem cargo nenhum aqui e sem previsão de conseguir algo. Tentei pegar um consig. mas estou sem margem alguma. A cobrança ta grande (SIC)", reclama.
Mauro Cid diz que tudo está de pé ainda e avisa que se preciso conversa com o pessoal para tirar "da conta dele" essa questão.
Além de Portela, também foram indiciados Reginaldo Vieira de Abreu; e Rodrigo Bezerra de Azevedo, totalizando 40 pessoas.