Pequenos negócios lideram empregos formais em Mato Grosso do Sul

Entre demissões e contratações, micro e pequenas empresas corresponderam a 74% das vagas no estado de janeiro a outubro deste ano Em um cenário de expansão econômica e diversificação das cadeias produtivas em Mato Grosso do Sul, os pequenos negócios têm se destacado como impulsionadores do mercado de trabalho no estado.

Entre demissões e contratações, micro e pequenas empresas corresponderam a 74% das vagas no estado de janeiro a outubro deste ano

Em um cenário de expansão econômica e diversificação das cadeias produtivas em Mato Grosso do Sul, os pequenos negócios têm se destacado como impulsionadores do mercado de trabalho no estado. Dados do Sebrae, baseados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostram que, de janeiro a outubro de 2024, 74% das vagas formais criadas estão nas micro e pequenas empresas (MPE).

Entre demissões e contratações, e ao considerar todos os portes de empreendimentos, o saldo foi de 26.972 postos de trabalho ao longo destes 10 meses. Desses, 19.933 foram atribuídos às MPEs, enquanto as médias e grandes empresas (MGE) contribuíram com 5.996 vagas.

Os setores que mais se destacaram nos pequenos negócios foram Serviços, com 10.233 novos empregos; Comércio, com 3.884; Indústria de Transformação, com 2.215; Construção, com 2.070; e Agropecuária, com 1.284. Já nas atividades econômicas entre as MPEs, os líderes foram Serviços de Engenharia, com 1.307 postos, Transporte Rodoviário de Carga, com 1.245, e Atividades de Apoio à Agricultura, com 637.

Segundo Tito Estanqueiro, diretor de Operações do Sebrae/MS e economista, o estado tem experimentado uma fase de crescimento marcada por investimentos em setores estratégicos, com a instalação de indústrias como a de celulose em Ribas do Rio Pardo. E, neste sentido, a diversificação das atividades nas cadeias produtivas existentes no território gera oportunidades para os pequenos negócios.

"O estado vive um momento ímpar da sua história econômica. Apesar da gente ainda ter boi, soja, cana, milho e eucalipto, eu diria que nós passamos por um processo de transformação que vai agregar valor a todos esses produtos primários e isso de certa maneira tem trazido um 'boom de investimentos'. Com esse modelo de incremento na área da celulose, de etanol, de milho e na produção de suíno, frango ou de citricultura que vem chegando, o aglomerar da cadeia de outras atividades acontece e consequentemente dá impulso a uma forte geração de empregos que os pequenos negócios já têm", opina Estanqueiro.

Ainda segundo o diretor, o momento é favorável para quem deseja se inserir no mercado de trabalho ou empreender. "Para todo esse avanço acontecer precisamos de profissionais qualificados para atender a demanda, seja da indústria, seja do setor de serviços ou até mesmo do comércio. É um momento muito rico para quem está fora do mercado de trabalho e que tem a oportunidade de se preparar através das diferentes ações voltadas ao empreendedorismo", complementa.