Lei cria campanha para estimular e valorizar o comércio da antiga rodoviária de Campo Grande
O comércio que ainda sobrevive no prédio da antiga rodoviária de Campo Grande, no bairro Amambai, terá uma campanha de divulgação para estimular as vendas e aumentar o fluxo de clientes, reduzido drasticamente desde que os ônibus deixaram de ocupar aquele espaço.
O comércio que ainda sobrevive no prédio da antiga rodoviária de Campo Grande, no bairro Amambai, terá uma campanha de divulgação para estimular as vendas e aumentar o fluxo de clientes, reduzido drasticamente desde que os ônibus deixaram de ocupar aquele espaço.
Nessa quarta-feira (18), o Diário Oficial do Município (Diogrande) trouxe a publicação da Lei Municipal 7.358/24, sancionada ontem (17) pela prefeita Adriane Lopes (PP), que institui a Campanha "É do comércio da antiga rodoviária, é nosso, é legal!", visando incentivar as vendas e valorizar o comércio local.
Pelo texto, o Município poderá organizar feiras, mercados e eventos comunitários visando atrair consumidores e promover os produtos e serviços locais, podendo incluir workshops e palestras para conscientizar os consumidores sobre a importância de apoiar o comércio da antiga rodoviária, bem como dos estabelecimentos do seu entorno.
Em outro parágrafo, a nova legislatura cita que a Prefeitura poderá firmar parcerias com universidades, instituições e escolas técnicas para oferecer treinamentos e capacitações para empreendedores e funcionários, a fim de fortalecer a economia local e melhorar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos.
Também como parte da campanha de valorização, deverá desenvolver plataformas on-line que conectem consumidores a negócios locais para facilitar o acesso a produtos e serviços. E também diz que deve assegurar a segurança dos consumidores e comerciantes para fomentar o desenvolvimento econômico, social e cultural da região.
Comerciantes esperam reforma que nunca acaba
Com o nome original de Terminal Rodoviário Heitor Eduardo Laburu, o imóvel já foi considerado o primeiro shopping de Campo Grande, concentrando mais de 230 variedades de lojas no seu interior. A partir de 2009, quando houve a inauguração da nova rodoviária da cidade, a antiga foi esvaziando e os comerciantes fechando às portas gradativamente.
O prédio tem cerca de 30 mil metros quadrados de área, sendo que 5,1 mil pertencem à Prefeitura. O imóvel tem até mesmo um estacionamento subsolo. Atualmente, somente 30 lojas ainda funcionam no local, a grande maioria é de lanchonetes, brechós e produtos eletrônicos e brinquedos.
Desde 2022, a área que pertence ao Município está em reforma. O projeto é da construção de um espaço que será ocupado pela Guarda Civil Metropolitana e outro para a nova sede da Funsat (Fundação Social do Trabalho). A obra segue em um ritmo muito lento, até hoje apenas 30% do total já foi executado.
A revitalização começou em julho de 2022, ao custo original de R$ 16,5 milhões, sendo R$ 15,3 milhões do Ministério do Desenvolvimento Regional, empenhados por meio de emenda parlamentar federal e o restante de contrapartida municipal. Pelo projeto, os pisos serão trocados e redes elétrica e hidráulica serão substituídas. As estruturas das lajes serão refeitas e a antiga escadaria substituída por novas.
Além disso, o local onde funcionava o terminal do transporte coletivo, na Rua Vasconcelos Fernandes, será demolido para dar lugar a um estacionamento com 69 vagas. As calçadas do quadrilátero das ruas Joaquim Nabuco, Dom Aquino, Vasconcelos Fernandes e Barão do Rio Branco terão acessibilidade e paisagismo.
O projeto ainda prevê a colocação de piso tátil, rampa de acesso para pessoas que utilizam cadeiras de rodas e o plantio de centenas de árvores e plantas, como jabuticabeiras, ipês-amarelos, bananeiras ornamentais e palmeiras-real.