Covid-19 completa cinco anos no Brasil com quase 715 mil mortes

O Brasil completa em 2025 cinco anos do primeiro registro de Covid-19, doença que se tornou pandemia mundial e deixou milhares de mortos.

Foto: Notícias R7

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O Brasil completa em 2025 cinco anos do primeiro registro de Covid-19, doença que se tornou pandemia mundial e deixou milhares de mortos. Desde o primeiro caso no país, em 26 de fevereiro de 2020, 39 milhões de casos foram confirmados pelo Ministério da Saúde, que também contabilizou quase 715 mil mortes.

O ano com os piores números da doença foi 2021, que teve 14.611.548 casos e 424.107 mortes. Por semana, em média foram 275 mil casos e 8.000 óbitos.

Os números relacionados à doença foram diminuindo aos poucos a partir do início da vacinação, em 17 de janeiro de 2021. Em 2024, por exemplo, foram 862.680 casos e 5.959 mortes, os menores números para um único ano desde o surgimento da Covid-19.

Apesar disso, a última semana epidemiológica do ano passado (de 22 a 28 de dezembro) terminou com as estatísticas em alta em relação à semana anterior. Foram 6.090 novos casos (contra 3.966 da penúltima semana epidemiológica) e 91 mortes (contra 35 nos sete dias anteriores).

Os números da Covid-19 ao longo dos anos

Casos

  • 2020: 7.675.973
  • 2021: 14.611.548
  • 2022: 14.043.760
  • 2023: 1.879.583
  • 2024: 862.680

Mortes

  • 2020: 194.949
  • 2021: 424.107
  • 2022: 74.797
  • 2023: 14.785
  • 2024: 5.959

Vacinação

O Brasil já aplicou quase 560 milhões de doses de vacina contra a Covid-19.

Foram 552,6 milhões de doses da vacina monovalente (desenvolvida para combater uma única cepa ou variante da doença), considerando a primeira, segunda e todas as doses de reforço.

Além disso, foram aplicadas 36,8 milhões de doses da vacina bivalente (que protege contra duas variantes diferentes).

Em relação à população indígena, composta por 707.739 pessoas, quase 1,5 milhão de doses foram aplicadas. Assim, 89% dos indígenas estão vacinados com a primeira dose, e 78% com a segunda ou a dose única. O reforço, que foi aplicado na população menor de 18 anos, atingiu 43% desse público.

Mudanças no Calendário de Vacinação

Em dezembro de 2024, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão da vacina contra a Covid-19 no Calendário Nacional de Vacinação para gestantes e idosos com 60 anos ou mais, além do início da distribuição da vacina da Zalika Farmacêutica no PNI (Programa Nacional de Imunizações) e a definição de um esquema vacinal específico para crianças de 6 meses a menores de 5 anos com a vacina da Pfizer.

Principais alterações

  • Gestantes e idosos: As gestantes deverão receber uma dose a cada gestação, enquanto os idosos serão imunizados a cada seis meses.
  • Grupos especiais: A vacinação para grupos prioritários a partir de 5 anos será realizada periodicamente em qualquer sala de vacinação. Imunocomprometidos receberão doses a cada seis meses, e os demais grupos — como indígenas, quilombolas, puérperas (mulheres que estão no período pós-parto), trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente, comorbidades ou em situação de vulnerabilidade — serão vacinados anualmente.

Vacinas Disponíveis

  • Vacina da Zalika Farmacêutica: Recentemente incorporada ao PNI, a vacina da Zalika demonstrou alta eficácia contra casos sintomáticos de Covid-19 em adultos, em estudos de fase 3. Ela oferece vantagens logísticas, como maior prazo de validade e possibilidade de armazenamento entre 2°C e 8°C. O imunizante será utilizado para pessoas com 12 anos ou mais, conforme aprovação da Anvisa.
  • Vacina da Pfizer para crianças: Crianças de 6 meses a menores de 5 anos receberão três doses da vacina de RNA mensageiro, com intervalos de quatro semanas entre a primeira e a segunda dose, e de oito semanas entre a segunda e a terceira dose.
  • Vacina da Moderna para crianças: Para as crianças que já iniciaram o esquema vacinal com a vacina da Moderna, a recomendação é concluir o esquema de duas doses com o mesmo imunizante, respeitando o intervalo de quatro semanas entre as doses.

Importância da Vacinação

De acordo com Eder Gatti, diretor do DPNI (Departamento do Programa Nacional de Imunizações), a atualização reforça o compromisso do Ministério da Saúde com a proteção da população brasileira.

"A doença continua causando perda de vidas na população brasileira, além de consequências graves, como a síndrome inflamatória multissistêmica e as condições pós-Covid. Por isso, é fundamental que a população elegível mantenha a vacinação em dia," afirmou o diretor.

As novas estratégias visam garantir maior alcance e eficácia na imunização, reforçando a luta contra a Covid-19 em todas as faixas etárias e grupos prioritários.

Fonte: R7