O Mato Grosso do Sul confirmou 16.229 casos de dengue em 2024, uma redução de 60% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 41 mil casos. Os dados fazem parte do boletim da 52ª semana epidemiológica divulgado nesta sexta-feira (3) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Apesar da queda, o Estado contabilizou 32 mortes pela doença, enquanto outros 17 óbitos seguem em investigação.
Situação epidemiológica
No total, foram registrados 19.473 casos prováveis de dengue no Estado. Nos últimos 14 dias, municípios como Campo Grande, Aquidauana, Jardim e Miranda apresentaram baixa incidência de casos confirmados.
Os óbitos, por outro lado, ocorreram em várias cidades, incluindo Maracaju, Dourados, Ponta Porã, Três Lagoas e Bonito. Entre as vítimas fatais, 15 tinham comorbidades que agravaram o quadro clínico.
Vacinação contra a dengue
A vacinação tem sido uma das estratégias para o combate à doença. Até agora, 121.368 doses do imunizante foram aplicadas, de um total de 207.796 recebidas pelo Estado. O esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas, sendo recomendado para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, 11 meses e 29 dias, faixa etária com maior número de hospitalizações por dengue.
Chikungunya em alerta
Além da dengue, a chikungunya também preocupa as autoridades de saúde. Em 2024, o Estado registrou 2.766 casos prováveis, dos quais 919 foram confirmados. Apesar disso, não houve registro de óbitos pela doença.
A SES reforça a importância de evitar a automedicação e recomenda que pessoas com sintomas de dengue ou chikungunya procurem uma unidade de saúde.
Prevenção é essencial
A redução dos casos de dengue em 2024 é um indicador positivo, mas os números de óbitos e a circulação simultânea do vírus da chikungunya reforçam a necessidade de ações preventivas, como o controle de focos do mosquito Aedes aegypti e a adesão à vacinação.