Inflação fecha 2024 em 4,83% e supera o teto da meta
Em 2024, a inflação oficial do Brasil registrou um índice de 4,83%, superando o teto da meta governamental de 3%, que permite uma margem de 1,5 ponto percentual.
Em 2024, a inflação oficial do Brasil registrou um índice de 4,83%, superando o teto da meta governamental de 3%, que permite uma margem de 1,5 ponto percentual. Esse resultado representa um aumento em relação ao ano anterior, quando a inflação foi de 4,62%. Este é o maior índice observado desde 2022, quando a inflação alcançou 5,79%. Gabriel Galípolo, novo presidente do Banco Central, publicará uma carta nesta sexta-feira (10) para justificar o estouro da meta — trata-se de uma obrigação quando o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ultrapassa o limite estabelecido pelo governo.
O aumento mais significativo foi observado no grupo de alimentos e bebidas, que teve uma alta de 7,62%, contribuindo com 1,63 ponto percentual para o IPCA. As condições climáticas desfavoráveis foram citadas como um dos fatores que impactaram esse aumento. Além disso, os setores de saúde e cuidados pessoais e transportes também exerceram pressão sobre a inflação, com altas de 6,09% e 3,3%, respectivamente.
Esses três grupos somaram aproximadamente 65% do total da inflação registrada no ano. A alta nos preços de alimentos e bebidas, em particular, foi um fator crucial para o aumento geral do custo de vida no país. A inflação em 2024, portanto, reflete uma combinação de fatores que afetaram diversos setores da economia.
Entre os itens que mais contribuíram para o aumento do custo de vida, a gasolina se destacou, com um aumento de 9,71%, o que representou um impacto de 0,48 ponto percentual no índice. Outros itens que também tiveram um papel relevante foram os planos de saúde, que subiram 7,87% e impactaram em 0,31 ponto percentual, e as refeições fora de casa, com uma alta de 5,7%, contribuindo com 0,2 ponto percentual.
Publicada por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA