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MPMS

Farra dos combustíveis em cidade de MS vira inquérito civil no MPMS

Gasto elevado com abastecimento virou alvo de investigação


Abastecimento de combustível (Ilustrativa - Freepik).

O MPMS (MinistĂ©rio PĂșblico de Mato Grosso do Sul) abriu inquĂ©rito civil para investigar a denĂșncia de "farra" dos combustĂ­veis pelo chefe de gabinete da Prefeitura de Coxim, a 253 km de Campo Grande. O procedimento tambĂ©m visa apurar a suposta exoneração do então Procurador-Geral do MunicĂ­pio porque estaria investigando os gastos excessivos com abastecimento dos veĂ­culos.

Conforme jĂĄ noticiado pelo Midiamax, a Procuradoria-Geral do municĂ­pio de Coxim chegou a solicitar esclarecimentos sobre os gastos exorbitantes no "cartão corporativo" da Prefeitura, feitos pelo chefe de gabinete Ivaldo Lopes.

Segundo ofĂ­cio encaminhado em agosto de 2021 pelo procurador-geral, Adriano Loureiro Fernandes, foram consumidos 6,3 mil litros de gasolina e diesel nos primeiros sete meses de 2021.

Neste sentido, a Procuradoria queria saber quais eram, a quem pertenciam e por quais motivos os veĂ­culos foram abastecidos. No entanto, o assunto virou polĂȘmica e o procurador acabou pedindo exoneração do cargo.

Inquérito no MPMS

O MinistĂ©rio PĂșblico realizou oitivas com alguns dos envolvidos durante as investigações. O promotor de Justiça, Dr. Michel Maesano Mancuelho, promoveu o arquivamento do inquĂ©rito. 

Em depoimento, o prefeito, o chefe de gabinete e a secretĂĄria de Gestão do MunicĂ­pio explicaram que, na troca de gestão do executivo, houve redução no nĂșmero de cartões para abastecimento de combustĂ­veis entregues para os servidores, passando de 88 para 26. Assim, o chefe de gabinete Ivaldo passou a abastecer com o seu cartão algumas secretarias e gerĂȘncias especĂ­ficas, o que teria justificado o valor do consumo alto no cartão. 

O Procurador Municipal, Adriano Loureiro Fernandes, declarou que a exoneração do cargo foi a pedido, "relatando ter sido pressionado em razão da execução de certidões de dĂ­vida ativa, citando protocolo de pedido de abertura de PAD em seu desfavor pelo vereador Carlos Henrique". 

JĂĄ sobre o procedimento aberto para apurar os gastos de combustĂ­veis, ele informou que, em reunião realizada após a abertura da investigação ter sido noticiada pela imprensa, o prefeito teria exigido o arquivamento do procedimento. O prefeito Edilson Magro (PP) negou a acusação de ameaças ao procurador para investigar o caso. 

O conselheiro do MPMS, RogĂ©rio Augusto CalĂĄbria De AraĂșjo, votou pelo arquivamento do procedimento porque "não foram juntados aos autos elementos, ainda que mĂ­nimos, no sentido de prĂĄtica de ilĂ­cito, muito menos de ato doloso de improbidade administrativa que justifique o prosseguimento deste procedimento e/ou a propositura de ação de improbidade administrativa", afirmou. 

Midiamax entrou em contato com a Prefeitura de Coxim para perguntar sobre o assunto. Em resposta, foi informado que o caso foi arquivado pela 1ÂȘ Promotoria de Coxim. Contudo, o inquĂ©rito civil ainda precisa passar pelo julgamento do Conselho Superior do MinistĂ©rio PĂșblico, que decidirĂĄ pelo arquivamento definitivo ou não do caso. 

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