Operação contra lavagem de dinheiro do tráfico de drogas prende sete pessoas no Rio de Janeiro
As forças de segurança do Rio de Janeiro realizaram, nesta quarta-feira (15), uma nova fase da Operação Torniquete nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da cidade.
As forças de segurança do Rio de Janeiro realizaram, nesta quarta-feira (15), uma nova fase da Operação Torniquete nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da cidade. A ação visa desarticular o núcleo financeiro do Comando Vermelho, incluindo operadores de um esquema que movimentou mais de R$ 21 milhões em transações ilícitas. Até o momento, sete suspeitos foram presos, entre eles familiares de lideranças do tráfico. A polícia tenta cumprir 14 mandados de prisão, expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Entre os alvos está Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, apontado como líder do grupo criminoso.
Doca é acusado de comandar operações de invasão de territórios e ordenar execuções relacionadas ao tráfico. As investigações revelaram um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro, com quase 5.000 transações financeiras identificadas. Os recursos obtidos são utilizados para financiar armamentos, propinas e a expansão territorial do Comando Vermelho.
A operação resultou em intensos tiroteios, com sete pessoas baleadas, incluindo um policial militar do Bope, que foi socorrido e está em estado estável. Para dificultar o avanço policial, traficantes ergueram barricadas, espalharam óleo nas ruas e improvisaram bloqueios com trilhos de trem. Um veículo blindado da polícia enfrentou dificuldades em uma ladeira devido ao óleo, colidindo com três carros e uma moto.
Devido aos confrontos, vias importantes da região, como a Estrada do Itararé e a Avenida Itaóca, foram bloqueadas. Além disso, clínicas da família suspenderam o atendimento e seis linhas de ônibus tiveram seus itinerários desviados. Moradores relataram invasões de domicílios e verificações de celulares sem mandado judicial. A Secretaria de Segurança Pública investiga um possível vazamento de informações sobre a operação, já que mensagens interceptadas indicavam preparativos para dificultar a ação policial.
A operação, que contou com a participação da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Ministério Público, foi realizada em diversas localidades do Rio de Janeiro, além de ações nos Estados da Bahia e Paraíba. Policiais de 12 batalhões cercaram áreas estratégicas, como as comunidades da Grota e Fazendinha. As forças de segurança afirmam que a operação é essencial para enfraquecer o financiamento de atividades criminosas no estado e garantir maior segurança à população.
*Reportagem produzida com auxílio de IA